Impunidade estimula invasões na Amazônia

Estadão do Norte-Porto Velho-RO - 19/01/2005
Cerca de 60% das unidades de conservação permanente e terras indígenas de Rondônia estão invadidas por grileiros, garimpeiros e, principalmente, madeireiros, sem que o poder público adote providências enérgicas e imediatas para combater as queimadas e os desmatamentos indiscriminados, que têm propiciado a depredação ambiental do Estado.
O chefe do Parque Nacional do Pacáas Novos, Rogério Vargas, prevê que nos próximos 30 anos, se o governo federal não adotar medidas repressivas para coibir a exploração ilegal de madeira, por exemplo, 70% da floresta amazônica estará totalmente destruída, "com graves conseqüências para o ecossistema e biodiversidade da fauna e flora".
Considerado um dos mais abalizados ecologistas da Amazônia Ocidental, Rogério Vargas questiona as ações de fiscalização dos órgãos ambientalistas e indigenistas (Funai e Ibama), na medida em que não apuram as denúncias formuladas e nem penaliza os infratores, com os rigores da lei. "A impunidade tem estimulado as invasões, o que acaba gerando conflitos no campo", diz o ambientalista.
Segundo Rogério, "existe uma predisposição em protelar o julgamento sobre crimes ambientais para que as ações prescrevam e, assim, os infratores continuem impunes". Como solução, ele defende a implantação de Varas Criminais/Fundiárias no Poder Judiciário da Amazônia para agilizar os inquéritos e processos sobre crimes ambientais, "que acabam prescrevendo por falta de juízes especiais para julgá-los
Amazônia:Desmatamento

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