Minas Gerais é o Estado com registro de maior número de multas por tráfico de animais silvestres no período de 2005 a 2010. No caso dos pássaros, os mais procurados são canário-da-terra-verdadeiro, coleirinho, trinca-ferro-verdadeiro, curió e azulão. Essas aves, de grande beleza, acabam em gaiolas e são procuradas por criadores comerciais e amadores.
As informações fazem parte do livro Enriquecimento da biodiversidade em um mundo diverso. A publicação apresenta as principais rotas usadas pelo tráfico para retirar animais de onde a natureza está preservada e vendê-los em centros urbanos.
O Mosaico de Unidades de Conservação Sertão Veredas-Peruaçu, no norte de Minas, é dos principais focos dos traficantes. A unidade apresenta elevado grau de conservação, com mais de oito em cada dez hectares cobertos por cerrado.
No mosaico é encontrada a maioria do animais conhecidos do Cerrado, muitos ameaçados de extinção pelo desmatamento e pelo avanço descontrolado da agropecuária e obras de infraestrutura.
"Os grandes remanescentes do País são o principal alvo da coleta ilegal de animais silvestres. O Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu é muito procurado pelos traficantes durante a reprodução anual dos psitacídeos (papagaios, araras e outras espécies de bico torto)", diz um dos autores do estudo Guilherme Gomes Destro, da Coordenação de Operações de Fiscalização do Ibama.
Calcula-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados todo ano da natureza brasileira, principalmente aves. Apenas 4 milhões são vendidos, principalmente na Região Sudeste, onde se concentra a demanda por animais traficados. O restante acaba em gaiolas, é solto ou morre vítima do tráfico ou maus tratos. Aprisionar ou vender animais silvestres é uma prática ilegal, mas comum em todo o Brasil.
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