Representantes de organizações não governamentais, comunidades quilombolas, indígenas Xakriabás, cooperativas extrativistas, associações comunitárias, prefeituras municipais, Banco do Brasil, Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estiveram reunidos entre os dias 19 e 21 de agosto, em Januária (MG). O objetivo foi participar da primeira Oficina de Metodologias Participativas, Gestão e Elaboração de Projetos para o Mosaico Sertão Veredas Peruaçu (MSVP), promovida pelo WWF-Brasil, por meio do Programa Cerrado Pantanal.
A oficina buscou fortalecer os instrumentos para a gestão e monitoramento de projetos com a temática socioambiental no MSVP. Foram apresentadas ferramentas de planejamento colaborativo com ênfase na identificação de iniciativas e projetos já existentes e identificando oportunidades de captação e fundos de financiamento de projetos.
Segundo Julio Cesar Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal, a integração das iniciativas no MSVP devem ir além daquelas previstas no âmbito das unidades de conservação que compõem a região. "O Mosaico têm sido palco de diversos projetos e é um território fértil para essas atuações. Integrar as ações é potencializar os resultados, principalmente, aqueles que contribuem para a conservação da região, é parte dos objetivos do WWF-Brasil. A busca pela participação na oficina foi maior do que havíamos planejado. Isso mostra o interesse dos atores locais pela iniciativa. Continuaremos apoiando ações como essa e possivelmente teremos outras edições", destacou.
Sob coordenação de Marcos Ortiz, a oficina contou com dinâmicas que permitiram avaliar alguns projetos em andamento no MSVP, além de possibilitar a construção de um viveiro de projetos. Os temas abordados foram: estado da arte da participação e da gestão participativa; exposição conceitual de avaliação e monitoramento de projetos; formas de buscar parcerias e compreender as fontes de financiamento; análise de cenários e governabilidade das ideias de projetos e elaboração do plano de monitoramento.
Eric Vieira da Silva, presidente da Cooperativa Agrissilviextrativista Sertão Veredas, destacou que com o objetivo de buscar aprendizado deixou a correria do dia a para estar presente na oficina. "É conhecimento. É uma bagagem importante. O mérito do sucesso do nosso encontro está na equipe que promoveu a oficina e soube usar as realidades dos participantes".
Para Damiana Campos, coordenadora do Instituto Rosa e Sertão, o curso permitiu discutir um planejamento participativo com os que trabalham em parceria no Mosaico. Na ocasião, ela ainda destacou a oportunidade de agregar conhecimento nas atividades executadas na oficina e na troca de experiências com os colegas.
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Cerrado
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