Com o titulo de Bacanga Floresta Viva para Todos, foi lançada oficialmente no último sábado, 05, uma campanha que tem como objetivo contribuir, por meio do plantio de um milhão de mudas de árvores, para a preservação da reserva florestal do Sacavém, no Parque Estadual do Bacanga. O lançamento contou com a presença de estudantes de 16 escolas, de internos do Hospital Nina Rodrigues, de representantes da Gerência do Meio Ambiente (Gema), da Ama Vida, da Eletronorte e de outros parceiros, todos com o suporte dos homens do Batalhão Florestal da Polícia Militar.
Importante para a Ilha - O Parque Estadual do Bacanga, criado em 1980, é a principal Unidade de Conservação Ambiental da Ilha de São Luís, com cerca de três mil hectares, o que torna ainda mais interessante a sua preservação diretamente aos mais de 01 milhão de habitantes. Outro fator que aumenta a necessidade de se preservar a reserva florestal, localizada no Parque, é a existência ali de importantes corpos dágua, como o Rio das Bicas, o igarapé do Coelho, o rio Bacanga e a represa do Batatã, sendo esta o último grande manancial de água potável para a capital.
De acordo com os organizadores da Campanha, as constantes intervenções indevidas e as ocupações irregulares estão comprometendo a existência do Parque, que é imprescindível para o equilíbrio ambiental da Ilha. É por isso que a sua preservação e a recuperação da vegetação nativa precisam ser asseguradas pela implementação de seu Plano de Manejo, já, inclusive elaborado pelo Poder Público.
Já estão participando ativamente da Campanha as seguintes organizações: Ama Vida, Imarh, Idesa, Agema/Abas, Biomangue, Instituto Educar, Assuape, Travessia, Gerência de Meio Ambiente (Gema), Batalhão Florestal, Ibama, Ministério Público Estadual, Prefeitura de São Luís, Alumar, Paineiras, Companhia Suzano, Eletronorte, Caema e Companhia Vale do Rio Doce.
Também estão colaborando as escolas Unidade Integrada Professor Rubem Almeida, Unidade Integrada Estado do Ceará, Unidade Integrada Professor João Lima Sobrinho, Unidade Escolar Professor Luís Rego, Unidade Integrada José Augusto Mochel, Unidade Integrada Lúcia Chaves, Escola Professor José Nascimento de Moraes, Liceu Maranhense, Escola Gonçalves Dias, Colégio Pitágoras, Escola Raio de Sol, Unidade Integrada Pedro Álvares Cabral, Unidade Integrada José Maria Aragão, Colégio Geoalpha, Cetecma, Escola Arco-Íris, e as universidades Ufma, Fama e Uniceuma.
Segundo Inácio Amorim Ribeiro, chefe do Departamento de Preservação e Conservação Ambiental da Gema, a Campanha serve para fortalecer a estrutura do Parque e recuperar as áreas já degradadas, isso pelo seu enorme potencial hídrico que reflete na manutenção da Barragem do Bacanga, do rio da Prata e dos inúmeros poços que contribuem com 13% do abastecimento de água para São Luís. Ele também destacou a contribuição do Parque para o resfriamento da cidade, uma vez que ali está presente um dos últimos remanescentes da Floresta Pré-Amazônica, que é a Floresta do Sacavém.
Inácio Ribeiro informou que a Gema trabalha de forma integrada com as outras organizações e, junto com o Batalhão Florestal, oferece orientações técnicas que irão direcionar as atividades para a recuperação, como sobre o tipo de espécie plantar. As árvores plantadas, de acordo com Ribeiro, foram Ipê, Leocena, Azeitona, Pitomba, Barrigudeira, Sabiá, Cajueiro e Jaqueira.
Até o momento em que a equipe do Jornal Pequeno esteve no local, por volta das 10h00, de acordo com Armênia Amorim Rangel, da Ama Vida, já haviam sido plantadas cerca de quatro mil mudas, e a meta para aquela manhã era plantar 10 mil. Ela informou que no verão a plantação terá um intervalo para evitar perdas, mas retornará no mês de dezembro, prolongando-se até o dia 05 de junho de 2005.
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