Gestão integrada vira modelo de administração

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 09/04/2009
Para superar as adversidades do dia a dia, analistas ambientais do ICMBio em Santa Catarina adotam o que já se tornou um modelo de administração do Instituto em várias regiões do País: a chamada gestão integrada. Como toda boa idéia, a coisa é simples: servidores de Unidades de Conservação (UCs) próximas umas das outras se unem em ações conjuntas para se ajudar mutuamente na estruturação e proteção das unidades.

Assim, eles podem juntar esforços em operações de fiscalização, trocar informações na elaboração de planos de manejo e montagem dos conselhos consultivo ou deliberativo, definir políticas de ação compartilhada, dividir o uso de viaturas e pessoal e até ceder equipamentos de uma unidade para outra. Tudo para melhorar o desempenho de todos.

Na semana passada, a gestão integrada das UCs de Santa Catarina fez mais uma reunião para discutir as ações conjuntas. Foi o primeiro encontro com a presença do coordenador Regional do ICMBio da região, o analista ambiental Ricardo Castelli Vieira, que assumiu o posto há pouco mais de duas semanas. "Esse modelo de gestão é muito interessante, facilita e fortalece o trabalho de todas as unidades localizadas numa determinada região. Vamos investir mais nesse processo", diz Castelli.

Por enquanto, a articulação se dá de modo informal, mas os servidores e a direção do ICMBio já discutem uma forma de oficializar essas iniciativas, possivelmente por meio de portaria. Isso reforçaria o caráter institucional das gestões integradas, agilizando a interação entre as unidades e abrindo portas para novas parcerias com governos estaduais e municipais e organizações da sociedade civil.

A gestão integrada em Santa Catarina é uma das primeiras no Brasil. Surgiu em 2004, quando os servidores da Estação Ecológica (Esec) de Carijós, Reserva Biológica (Rebio) Marinha do Arvoredo e Área de Proteção Ambiental (APA) do Anhatomirim - todas localizadas no litoral de Santa Catarina - resolveram se ajudar mutuamente. Aos poucos, a experiência foi ganhando corpo e hoje já conta com a adesão de mais duas unidades, a Reserva Extrativista (Resex) de Pirajubaé e a APA da Baleia Franca, que também se destinam a proteção de áreas marinhas e costeiras.

Por meio dessa articulação, as unidades realizam ações de fiscalização conjuntas, atuando de forma integrada para a solução de problemas comuns. "Desse modo, as operações ganham mais força e tornam-se mais eficientes. Ações integradas são necessárias principalmente para tratar de problemas comuns no entorno", afirma o chefe da Rebio Marinha do Arvoredo, Leandro Zago da Silva.

Mas a soma de esforços não fica por aí. As unidades mais próximas chegam até a dividir a mesma sede administrativa. Na Estação Ecológica de Carijós, além do pessoal da Esec, dão expediente os servidores da Rebio Marinha do Arvoredo e da APA do Anhatomirim. "O contato diário agiliza as ações conjuntas e facilita a solução de problemas comuns", diz Apoena Calixto Figueiroa, gestor da Esec.

Mais recentemente, a Esec Carijós cedeu espaço ao Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos (CMA), ao Centro Nacional de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (Cemave) e à Coordenação Regional do ICMBio em Florianópolis (CR-9), órgãos que ainda estão em processo de estruturação no Estado.

A gestão de recursos humanos e financeiros, assim como de equipamentos e veículos, é feita para que todas as unidades tenham as mesmas condições de operação. Enquanto a Esec compartilha sua sede e servidores, a APA e a Rebio contribuem com servidores, veículos e equipamentos. "O compartilhamento de recursos é algo importante. No entanto, gestão integrada é muito mais do que dividir espaços e equipamentos. Gestão integrada é a soma de esforços para que a efetividade das unidades seja alcançada", diz Diana Carla Floriani, chefe da APA do Anhatomirim.
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