Emater avalia cadeia aquícola no Marajó

Agência Pará - http://www.agenciapara.com.br - 19/09/2012
Técnicos, agricultores e parceiros que trabalharam ao longo de mais de um ano na chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), executada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em nove municípios do arquipélago do Marajó, que teve o objetivo de diagnosticar e organizar a cadeia aquícola, se encontram nesta quinta-feira (20), em Ponta de Pedras, para avaliar os pontos positivos e negativos do projeto que envolveu 1.200 famílias em Soure, Salvaterra, Muaná, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Chaves, Ponta de Pedras.

Visitas técnicas individuais nas Unidades de Produção Familiar (UPFs), levantamentos, palestras, renderam um diagnóstico participativo junto às famílias, que identificou os principais gargalos da atividade, que pretende ter uma função de complementação de renda dos agricultores familiares e melhorar a alimentação das famílias marajoaras. A prática aquícola no Marajó ainda é insipiente, mas, segundo levantamentos da Emater, a aquicultura também representa uma oportunidade de evitar a exploração predatória e continuada do meio ambiente.

Apesar do alto potencial do Marajó para a aquicultura, que trabalha a produção de organismos aquáticos, como a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e o cultivo de plantas aquáticas, o diagnóstico realizado com as famílias identificou o alto custo para a criação de peixes, por exemplo. Quase 70% dos gastos para a produção do pescado estão concentrados na compra da ração. Outro gargalo identificado para a aquicultura é a ausência de um polo de alevinagem próximo dos municípios. A Emater aponta como uma das soluções para os problemas, o desenvolvimento de ração alternativa para alimentar os peixes com produção suficiente para atingir o tempo de comercialização do peixe. Já existe a produção dessa ração alternativa, introduzida pela Emater, com frutas, como o caroço do açaí triturado, mas a produção é insuficiente.

As informações contidas no diagnóstico serão entregues ao MDA, que deve definir as metas de ação e a introdução das tecnologias em tempos viáveis para a utilização racional do potencial pesqueiro do Marajó. Paralelo a isso, a Emater prossegue desenvolvendo as ações de assistência técnica junto às famílias. "Mas, especificamente no que diz respeito à aquicultura orientamos sobre a qualidade da água, o transporte dos alevinos para a criação dos peixes, promovemos a organização do setor", disse Marcos Ribeiro, engenheiro de pesca da Emater.



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Recursos Hídricos:Pesca

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