Moradores criticam construção de trilha sem um estudo da área.
Fatma estima que terá o estudo sobre infraestrutura até o início de 2016.
Reconhecido desde 2007 como parque estadual, o Parque do Rio Vermelho, em Florianópolis, ainda não tem um plano de manejo, documento exigido pela legislação federal para nortear as ações de infraestrutura e segurança na área. Foi o que mostrou o Jornal do Almoço desta segunda (16).
Por lei esse estudo deveria ter sido concluído em 2012. "O plano dará orientações para o uso sustentável da área, controle de acesso, controle de uso e dos frequentadores", diz o morador Carlos Eduardo Fagundes Farias, membro do Conselho Consultivo do Parque.
A Fatma estima que terá o estudo sobre a unidade de conservação até o início de 2016. "Não é um estudo barato. A gente agora conseguiu os recursos. Internamente, fizemos os procedimentos que a legislação determina, pra fazer contratação de empresa ou das pessoas que vão trabalhar neste projeto", diz o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick.
Crítica
Diante da preocupação da Fatma com o valor do estudo, os membros do conselho consultivo do parque criticam a construção de uma trilha no local, no valor de R$ 2 milhões, custo cinco vezes superior ao estimado para elaborar o plano.
"A trilha foi feita sem o plano de manejo e usando um recurso de maneira indevida, esse é um ponto que queremos que seja esclarecido para a comunidade", diz o morador Carlos Eduardo Fagundes Farias.
O presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, explica que a construção faz parte de um projeto anterior à sua gestão. "A trilha é um equipamento que a população está usando, é um sucesso. As prioridades foram definidas pela antiga gestão, e a gente está dando continuidade", afirma.
Sem participação
De acordo com os moradores, não têm ocorrido reuniões do conselho consultivo, exigido pela legislação federal em unidades de conservação deste gênero
"A comunidade não tem mais informação sobre o conselho, vários membros da comunidade que faziam parte do conselho, simplesmente não foram mais chamados pela Fatma desde 2013", diz o morador Mauro Figueiredo.
O presidente da Fatma, no entanto, garante que o conselho consultivo está mantido. "As reuniões não estão acontecendo porque a gente está neste momento de constituição do plano. Óbvio que, com o plano de manejo, a partir do momento em que entrar em efetivação, a comunidade terá que participar", diz o presidente da Fatma.
Alexandre Waltrick afirma que até o início de 2016 o plano deve estar concluído. "Tenho certeza de que, até o começo do ano que vem, a gente vai lançar o edital público para que as empresas que têm interesse em fazer, em ajudar a construir esse plano de manejo possam se habilitar e assim a gente dar início à efetivação", diz Waltrick.
http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/11/parque-do-rio-vermelho-na-capital-ainda-nao-tem-plano-de-manejo.html
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