OESP, Economia, p. B12 - 19/03/2016
Justiça abre processo por crime ambiental na Vale
Mariana Durão, com Reuters
A Justiça Federal abriu dois processos por crimes ambientais contra a Salobo Metais, projeto de mineração de cobre da mineradora Vale em Marabá, no sudeste do Pará. O Ministério Público Federal (MPF) acusa a Salobo de poluir e desmatar ilegalmente áreas de floresta. Procurada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Vale informou que ainda não foi notificada, por isso prefere não comentar o caso.
De acordo com o MPF, caso condenada, a Salobo pode ser obrigada ao pagamento de multas e pode ficar proibida de contratar ou receber incentivos financeiros do poder público, além de ter que promover a prestação de serviços comunitários. Os processos correm na 2ª Vara Federal em Marabá, que tem como titular o juiz federal Heitor Moura Gomes.
As ações relatam danos provocados à floresta nacional do Tapirapé-Aquiri, localizada em Marabá, São Félix do Xingu e Parauapebas. Segundo a procuradora da República Nathália Mariel Pereira, no primeiro semestre de 2015 houve derramamento de 1,5 tonelada de produto químico (nitrato de amônio emulsionado) no solo e águas da floresta, desmatamento ilegal de 5,4 hectares de mata e descarte incorreto de materiais, inclusive de resíduos contaminados com óleo. Segundo a denúncia, as irregularidades foram praticadas por empregados da Salobo e detectadas por agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Acordo. Ontem, a China Cosco Shipping Corporation e a Vale assinaram um acordo, com duração de 27 anos, para que a gigante chinesa transporte 16 milhões de toneladas de minério de ferro para a mineradora brasileira por ano.
OESP, 19/03/216, Economia, p. B12
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