Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema mobilizou militares de 5 municípios do Estado; Raios trazidos pelas tempestades iniciaram corredor de fogo de 2 quilômetros
Militares do Corpo de Bombeiros de 5 municípios de Mato Grosso do Sul tentam, desde o início da manhã desta segunda-feira (16), controlar um incêndio que atinge o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, na região sudeste do Estado. O Parque é a primeira Unidade de Conservação criada em Mato Grosso do Sul, e abrange os municípios de Jateí, Naviraí e Taquarussu. O incêndio, que começou na quinta-feira (12), foi provocado por raios.
Quem explica a operação é o Major Leonardo Rodrigues Congro, da Unidade do Corpo de Bombeiros de Fátima do Sul, a 246 km de Campo Grande. Conforme relatou, na quinta-feira (12), o Parque registrou um 'cordão de fogo' de 2 quilômetros. Agora, conta ele, ainda não se sabe a abrangência das chamas.
O Major explicou que 9 militares estão desde o início da manhã na região de Jateí, a 292 km da Capital. São profissionais das Unidades de Dourados, Fátima do Sul, Ivinhema, Nova Andradina e Naviraí.
"Na quinta, já no feriado, fomos informados de um foco, e dois bombeiros de Fátima do Sul foram ao local para avaliar a situação e verificar a dimensão. Chegando lá, viram que a coisa era um pouco maior. O que a gente tem informação é uma linha de fogo 2 quilômetros, que vem se propagando desde então", explicou.
Local de difícil acesso
A operação encontra diversos entraves, explica o Major, pelas características do Parque. Os militares levaram três horas para chegar até a sede da Unidade de Conservação, e em seguida, continuaram por mais 1h de barco. Ainda caminharam, explicou o militar, por mais 2h até chegarem ao local.
Os raios, relatou, provocaram o fogo que pode ter se espalhado por quilômetros do Parque, que possui 73.345,15 hectares localizados na Bacia do Rio Paraná. "Essas chuvas esparsas causam isso, uma mescla de vegetação seca com pontos de chuva", explicou.
A temporada é propícia a esse tipo de incêndio. No domingo (8), segundo o Major, outro foco mobilizou os militares. "Chegamos lá e veio uma chuva em sequência, não houve mais risco, retornamos, e então no feriado fomos acionados mais uma vez", contou.
Prevenção - O vento é o principal fator, relata o militar, a espalhar os focos. Na Serra de Maracaju, em setembro, fogo que iniciou com barracos queimados durou vários dias e espalhou focos por cerca de 5 quilômetros ao longo da MS-010, a cerca de 26 km de Campo Grande, na região de Rochedinho.
Para prevenir e auxiliar o trabalho dos militares, proprietários rurais e pessoas que vivam nas regiões atingidas devem ficar atentas. O major orienta que os responsáveis pelas fazendas no entorno do Parque podem caminhar pelas propriedades, por exemplo, para verificar se há incídios de fogo.
"Na verdade, como é um motivo da natureza, dos raios, a gente orienta que as pessoas mantenham mais possível as áreas cultiváveis, com aceiros [um tipo de recuo] para evitar que saia de uma área de dentro da propriedade, pra evitar que venha pra dentro do Parque. E manter o máximo possível de vigilância, estar sempre andando pela propriedade pra evitar que esses focos tomem grandes proporções", esclareceu.
https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/raio-provoca-incendio-que-dura-5-dias-na-1a-unidade-de-conservacao-criada-em-ms
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