Entidades pedem intervenção imediata do Ibama no Instituto Ambiental do Paraná
O documento de quase 70 páginas, entregue nesta quinta-feira (5) para várias instituições, reúne 40 supostas irregularidades cometidas pelo IAP nos últimos anos.
Por RPC Curitiba
05/04/2018 21h47 Atualizado 05/04/2018 21h48
Quarenta entidades de defesa ao meio ambiente entregaram ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outras instituições, nesta quinta-feira (5), um pedido de intervenção imediata no Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
O documento, de quase 70 páginas, reúne 40 supostas irregularidades cometidas pelo IAP nos últimos anos. O pedido também foi entregue à Advocacia Geral da União (AGU), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).
O grupo de entidades afirma que o estado deixou de zelar pelos interesses ambientais e coletivos do Paraná para anteder a exigências particulares de setores econômicos.
Entre as ilegalidades apontadas, está a contratação do estudo prévio de impacto ambiental na proposta de redução de dois terços da Área de Preservação Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana.
O documento também cita que o IAP deixou de prescrever R$ 132 milhões em multas aplicadas a poluidores ambientais.
"A interferência externa ultrapassou todos os limites. É entendível que instituições busquem seus interesses, aportem seus pontos de vistas, mas eles não podem intervir dentro do órgão", afirmou Clóvis Borges, representante do grupo.
O superintendente do Ibama no Paraná, Julio Gonchorosky, explicou que o órgão fará uma análise técnica de todos os pontos elencados no documento, que também deverá ser encaminhado à presidência do instituto e ao Ministério do Meio Ambiente.
O governador Beto Richa (PSDB) disse, na tarde desta quinta, que não tinha conhecimento do pedido de intervenção e afirmou que sempre respeitou as leis ambientais.
"Se fôssemos dar bola para todas denúncias de ONGs da área ambiental nós não construiríamos nenhuma edificação no Paraná. Então, a gente ia viver, talvez, na mata amazônica, no meio da selva", disse Richa.
O que diz o IAP
Em nota, o IAP informou que respeita a decisão dos cidadãos e entidades ambientais, mas que só vai se manifestar após ser citado formalmente.
O instituto declarou também que tem confiança nos técnicos que atuam há 25 anos trabalhando em prol do desenvolvimento e da sustentabilidade ambiental do Paraná.
https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/entidades-pedem-intervencao-imediata-do-ibama-no-instituto-ambiental-do-parana.ghtml
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