APA do Amapá: a busca por novos caminhos

Agência de Notícias do Acre - 08/11/2007
Moradores assinam por meio da Amprea, acordo de cooperação técnica com a Sema para a realização de ações na área

Eles moram em uma área de mais de 5 mil hectares, totalizam 506 famílias, e por meio da organização da Associação de Moradores e Produtores Rurais do Amapá (Amprea) buscam uma nova direção para o lugar que já não é mais tão verde, afinal, foram décadas de um modo de vida que não se importou com a conservação ambiental.
Na quinta-feira, 08, mais um importante passo foi dado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Amapá desde a fundação há cinco anos, com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a AMPREA, criada há três anos, e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), que permitirá a parceria para diversas ações, entre elas, a elaboração dos estudos que viabilizaram o plano de manejo da APA que será uma das ferramentas de potencialização da área.

Também foi acordado que será elaborado uma proposta técnica para um convênio com objetivo de desenvolver ações sócio-ambientais com os moradores da APA do Amapá. A presidente da AMPREA Terezinha Santana, diz que vai estudar, junto com moradores da área, sobre quais atividades o convênio poderá apoiar, uma das possibilidades é o de capacitação em planejamento organizacional para que possam fortalecer a instituição e elaborar os projetos que pretendem desenvolver.

Eugênio Pantoja, Assessor de Gabinete da SEMA, comenta que no encontro desta quinta-feira a conversa com os representantes da AMPREA serviu para perceber que ações do que podem realizar juntos. Além dele, participaram da conversa representantes do Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco (ZEAS) Sra. Nádia Valentin; da Departamento de Floresta e Áreas Naturais, Aparecida Lopez, de Água e Recursos Hídricos e da Gestão Territorial ambos da SEMA e a Sra. Cristina Lacerda do IMAC.

Representantes do Conselho da APA do Amapá também participaram da reunião. "A reunião serviu para levantarmos as dificuldades e as proposições dos moradores da APA do Amapá e estudar como podemos potencializar as ações dos moradores. Essa parceria é importante para que no trabalho em conjunto sejam encontradas soluções sustentáveis", comenta.

Uma direção - A própria natureza clamou por socorro mostrando sinais de que já estava bastante ameaçada e alguns habitantes da APA do Amapá ouviram, por também sentirem essas agressões. E o que começou com o intuito de apenas preservar o lago, expandiu, pois é necessário preservar mais que suas águas.

Terezinha é quem está à frente desse grupo de pessoas. Ela conta que vinte mulheres da comunidade atuam no projeto Costurando o Futuro, em que receberam por meio da Ong Vertente, formação de corte e costura. É na própria área da casa da presidente da Amprea que as aulas e produções acontecem.

A improvisação, segundo ela, foi necessária, mas sabe que a Amprea precisa de um espaço. "Conseguimos um orçamento de R$ 500 mil no Orçamento Participativo para a construção de uma quadra e de salas para os cursos e a administração da Amprea. Mas sabemos que precisamos de mais que isso, de equipar esse espaço para que ele gere renda", comenta.

Novos rumos - Os problemas enfrentados pelos moradores da APA precisam ser solucionados com a preocupação de conservar o meio ambiente, segundo Terezinha, e a angústia deles é presente na busca por respostas. Eugênio diz que a mesma preocupação que os moradores enfrentam está presente no Governo Binho Marques, ou seja, de inclusão social com desenvolvimento sem degradar o Meio Ambiente, por isso, a SEMA, com empenho do Secretário Eufran Amaral, pretende detectar as alternativas junto com a comunidade, trabalhar a questão ambiental e envolver outros órgãos governamentais para garantir uma gestão integrada da área.

"O Governo estimula o desenvolvimento, mas queremos fazer isso de forma legal, com inclusão social e com ações que respeitem os recursos naturais, do contrário, todos seremos prejudicados", diz.
UC:APA

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