Sipam alerta desmatamentos recentes em áreas protegidas de Rondônia

www.rondoniaovivo.com - 10/03/2008
O Centro Técnico e Operacional (CTO) de Porto Velho, unidade do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), está alertando os órgãos ambientais sobre desmatamentos recentes ocorridos em unidades de conservação estaduais, federais e terras indígenas em Rondônia. Estes desmates foram detectados por imagens de satélite, mapeados e analisados com precisão de coordenadas geográficas (latitude e longitude).

Os órgãos responsáveis pelas áreas receberam até o momento onze notas de alerta com detalhamento sobre a localização dos desmates para que providenciem ações efetivas no combate à prática ilegal.

O gerente do CTO, José Neumar Silveira, ressaltou que "é proibido qualquer tipo de desmatamento nas unidades de conservação e terras indígenas porque são áreas protegidas, no entanto, há uma tendência de crescimento do desmate nestes locais". Silveira informou que desde 2005 está em desenvolvimento no Sipam o Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE), que se dedica à coleta de dados sobre desmatamento nestas áreas.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e o Ministério Público Estadual (MPE) receberam as notas de alerta sobre os desmatamentos ocorridos em unidades de conservação estaduais. Na Reserva Extrativista (Resex) Rio Preto Jacundá houve abertura recente de estradas carreadoras e corte seletivo de madeira superior a 500 hectares. A Resex Rio Cautário sofreu desmatamento de mais de 150 hectares. Outra Resex que teve desmatamento é a do Rio Pacaas Novos, com corte de 220 hectares e abertura de uma estrada carreadora de 18 quilômetros de extensão. As Estações Ecológicas Antônio Mujica Nava e Serra dos Três Irmãos também sofreram considerável incremento de desmatamento, bem como a Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Mutum.

O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Ministério Público Federal (MPF) foram informados sobre avanço do desmatamento já detectado em anos anteriores na Floresta Nacional (Flona) Jamari.

O gerente do CTO Neumar Silveira disse que "o monitoramento destas áreas especiais é necessário para auxiliar os órgãos ambientais a fazer a fiscalização e coibir a retirada ilegal de madeira". Ele esclareceu que novos alertas serão feitos conforme as análises das imagens de satélite forem concluídas. Também receberão notas de alerta sobre desmatamentos em áreas protegidas os Estados do Acre e Mato Grosso, que estão na área de abrangência do CTO e que têm suas áreas protegidas monitoradas pelo Sipam.
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