Distante 11 quilômetros do centro da capital paulista, no Parque Estadual da Cantareira, uma edificação construída na década de 30 foi escolhida para ser o Palácio de Verão do Governo de São Paulo. Planejada inicialmente para ser a residência do administrador do então Serviço Florestal, a partir de 1949 passou a ser a residência de verão dos governadores paulistas, por causa do clima ameno e de sua fauna e flora diversificadas.
A partir de 18 de maio próximo, a bela edificação oficial terá uma nova função: a de abrigar exposições de arte, oficinas e outras manifestações culturais, destinadas ao grande público. Os visitantes poderão conhecer parte da coleção do Acervo dos Palácios, como obras de Collete Pujol, Margaret Mee, Rugendas, Antonio Henrique Amaral, Mário Gruber, Milton Dacosta, Rodrigo De Haro e outros.
Adhemar de Barros, governador do Estado por três vezes, foi quem escolheu a Cantareira para abrigar o Palácio de Verão do Estado de São Paulo, assim como escolheu Campos do Jordão para o Palácio Boa Vista - o Palácio de Inverno dos governantes paulistas. Foi também o responsável pela aquisição do edifício que hoje abriga o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O Palácio do Horto é um prédio com 22 cômodos contendo oito quartos, sendo cinco suítes, construído em um terreno de 6.954.60 m², com um amplo jardim de árvores nativas como pau-brasil, carvalho-nacional, pau-ferro e jatobá, além de eucalipto, pinheiro-do-brejo e outras. Conserva mobiliário em madeira nobre e vitrais da renomada Casa Conrado, a mesma que produziu os do Mercado Municipal e do Parque da Água Branca.
Um pouco de história
Em 1890, o governo paulista desapropriou várias fazendas existentes na Serra, com o objetivo de recuperar a mata Atlântica e conservar seus mananciais. A história nos conta que, em 1896, formalizou-se a aquisição da Fazenda da Pedra Branca, pertencente ao comerciante Pedro Borges. A desapropriação aconteceu na gestão do então governador Bernardino de Campos, embasada por relatório do secretário da Agricultura, após pesquisas de uma comissão formada pelo engenheiro Ramos de Azevedo, Alberto Loefgreen e outros. Assim, a região foi premiada com o Horto Botânico de São Paulo.
Depois dos trâmites, o governo promulga o decreto 18.730, de 28 de julho de 1949, que transfere do patrimônio da Secretaria da Agricultura para o da Secretaria de Governo (hoje Secretaria da Casa Civil) a área situada no Horto Florestal, na qual está localizada a "Casa do Horto", e respectivas dependências.
Parque Estadual Albert Löfgren
O Horto Florestal tem uma história cuja origem se deu em 1896, com a desapropriação do Engenho da Pedra Branca, para instalação do Horto Botânico. O Horto Botânico tornou-se a base para a criação do Serviço Florestal, hoje Instituto Florestal, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo.
Os pinheiros plantados em 1896 pelo fundador do parque ainda podem ser vistos no chamado Arboreto Albert Löfgren, composto por pinheiros-do-brejo. São árvores altas e de folhagem escura que, plantadas em charcos, desenvolvem raízes acima do solo, conforme é possível observar nas ilhas existentes nos lagos. Estes, por sua vez, embelezam a paisagem do parque e são fontes de água para as aves da região e habitat natural dos peixes.
Museu "Octávio Vecchi" (Museu da Madeira)
Inaugurado em 1931, é conhecido internacionalmente por possuir o maior acervo de madeiras da América Latina. As suas amostras de madeira têm entalhes que reproduzem as folhas e frutos das espécies das quais foram extraídas. Peças de charão e móveis artisticamente entalhados completam a coleção do museu, cujo assoalho e forro também se constituem em amostra de madeira.
Ao lado do museu está o marco do Trópico de Capricórnio, que passa pelo parque. Ainda nas proximidades, encontra-se a imagem de São João Gualberto, protetor das florestas do Estado de São Paulo, entronizada no Horto Florestal, em 1957, pelos monges beneditinos de Valombrosa, Itália.
UC:Parque
Related Protected Areas:
- UC Cantareira
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