Populares encontram sucuri de três metros em frente à escola japonesa

A Crítica - http://acritica.uol.com.br - 19/09/2012
Uma obra da espécie sucuri, de aproximadamente três metros de comprimento, foi recolhida por funcionários da Reserva de Animais Silvestre "Sauim Castanheira" ( Alameda Cosme Ferreira Distrito Industrial II) na tarde desta quarta-feira, 19, em frente à escola japonesa, na Colônia Japonesa, bairro do Coroado, Zona Leste de Manaus.

O animal foi capturardo por populares que acionaram funcionários da reserva, instituição de resgate, tratamento e reabilitação de animais da fauna amazônica, subordinada à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semmas).

De acordo com o veterinário da reserva, Laerzio Chiesorin, só após uma avaliação sobre as condições físicas do animal será possível decidir para onde levar a sucuri. A regra básica é que todo animal da fauna silvestre de vida urbana retorne ao seu habitat; à vida livre de onde veio.

Segundo o veterinário, somente quando estritamente necessário os animais da fauna silvestre são mantidos em cativeiro. "Apenas quando doentes ou machucados", ensina .
A sucuri foi encontrada em frente a uma escola japonesa, na Colônia Japonesa. Segundo o veterinário este tipo de ocorrência é algo típico da única capital do Brasil, onde se pode encontrar "fauna silvestre de vida livre" dentro do perímetro urbano. Algo que, segundo ele, deve ser considerado um privilégio. "Isso não existe mais em cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro", compara.

O veterinário explica que a área urbana onde foi encontrada a sucuri é um "arraigado" de vários igarapés, onde estão naturalmente estes animais. E ,no caso das cobras, elas auxiliam no combate aos ratos, mantém -se sempre dentro dos igarapés. O veterinário acha muito provável que algum incidente tenha compelido a sucuri para fora de seu habitat natural.

Sem perigo

Por ter sido encontrada em frente a uma escola, e supor-se que traria perigo aos estudantes ou pessoas que trafegam na área, o veterinário explicou que a cobra não oferece perigo, por ser um animal de temperamento "calmo". O veterinário ensina que na verdade as pessoas tem uma tendência a entender uma atitude de defesa do animal como de agressão. "Os acidentes só acontecem quando as pessoas chegam perto para pegar, tentar capturar, o que não é aconselhável, segundo veterinário. O conselho, segundo ele, é que ao encontrar um animal deste tipo em área urbana, as pessoas devem manter-se distantes e chamar o serviço de resgate.

"O animal não vê o ser humano como presa e sim como predador, então quando as pessoas chegam muito próximo, se ela der um bote será por um gesto de defesa, para mostrar que está se sentindo ameaçada", ensina, ao completar que é o animal que tem medo do ser humano e não o contrário. Com relação cenas de cobras enormes digerindo pessoas o médico alertar também que 99 % dessas imagens são montagens com errros crassos, e decorrentes uma cultura deturpada sobre o comportamento desses animais.



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