Ação para reduzir impacto de emissões de CO2 é realizada pela SDS e Idesam

http://portalamazonia.globo.com - 10/03/2011
A implantação de Sistemas Agro Florestais (SAFs) em áreas degradadas é uma das apostas do Estado do Amazonas para reduzir o alto impacto que as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), causam ao meio ambiente. O projeto denominado de Programa Carbono Neutro foi desenvolvido pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) com o apoio e parceria do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).

A área piloto para aplicação é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, localizada entre os municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã (a 247 km de Manaus), onde residem 300 famílias. A carboneutralização é responsável pela redução dos impactos ao meio ambiente causados pelas emissões de Gás Carbono, através da neutralização dessas emissões. A princípio, "seqüestra" o carbono emitido por atividades consumidoras de combustível fóssil (automóveis, usinas ou processos industriais) ou eletricidade (indústrias, eventos, etc.) através de atividades de reflorestamento.

Na prática se busca sensibilizar empresas ou indivíduos que tenham interesse em diminuir os impactos causados por suas atividades no meio ambiente.
A titular da SDS, Nádia Ferreira, relata que a carboneutralização foi implantada no stand do Governo do Amazonas na Casa Cor 2010, através de uma parceria com o Idesam.

"O programa foi desenvolvido em três fases, onde uma delas consta a compensação de emissões de CO2 geradas com o consumo de energia elétrica no stand da SDS na Casa Cor. No local foram plantadas mais de 400 espécies de mudas para compensar as emissões. O objetivo do Governo do Amazonas é tornar essa atividade uma prática, aplicando esse programa nos grandes eventos sustentáveis", afirma.

Destaque

Segundo o Secretário Executivo do Idesam, Mariano Cenamo "o grande destaque do Programa é a possibilidade de gerar múltiplos benefícios socioambientais, tanto para as comunidades, que ganham a possibilidade de desenvolver uma atividade mais duradoura, rentável e menos impactante, quanto para indivíduos e empresas que queiram compensar suas emissões de carbono".

O monitoramento das áreas de plantio, que garante a correta estabilidade do sistema é realizado de três formas: visitas periódicas de técnicos do Programa Carbono Neutro Idesam, que oferecem assistência técnica agrícola e florestal especializada; inventários periódicos "in loco" que mensuram a quantidade de carbono seqüestrado; e, através de imagens de satélite, que são disponibilizadas através do site do Idesam, para que clientes e demais interessados possam acompanhar o crescimento das espécies e as áreas dos plantios.

A parceria com a SDS se deu através do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima) Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc). Segundo a coordenadora do Ceclima, Natalie Unterstell, no mês de fevereiro deste ano, foi realizado o plantio de 92 mudas, através de Sistemas Agroflorestais (SAFs), que propiciam maior segurança e qualidade de vida aos comunitários residentes da RDS do Uatumã, já que as plantas vão crescer absorvendo CO2 e adquirindo neutralização, estas não devem ser destruídas durante um período de oito anos.

"A carboneutralização não é simplesmente plantar árvore, somente esta ação não resolve a questão climática, mas especialmente devemos garantir que estas árvores permaneçam vivas e saudáveis por um período. Para o Governo do Amazonas é muito importante manter a questão climática que está associada com o bem estar dos comunitários e da qualidade de vida deles, além da geração de renda em Unidades de Conservação estaduais, já que estas árvores são frutíferas", afirma Natalie.

O Programa Carbono Neutro Idesam contribui ainda com uma série de benefícios socioambientais para as populações locais, como: melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas da RDS do Uatumã; desenvolvimento de uma Agricultura Sustentável de "baixo-carbono" para a Amazônia; apoio ao desenvolvimento regional aliado ao modelo de vida tradicional da região; implementação do corredor central da Amazônia: maior corredor Ecológico do Brasil; e, manutenção das chuvas e do regime hídrico, responsável por 90% da umidade produzida na bacia amazônica.



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