Aprovado Plano de Utilização da Reserva Extrativista do Baixo Juruá

Entre os dias 8 e 10 de junho, após realização da Oficina de Elaboração do Plano de Utilização da Reserva Extrativista do Baixo Juruá, na cidade de Juruá, o plano da unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) foi aprovada pela comunidade da reserva representada no evento. O Plano de Utilização baliza a elaboração do Plano de Manejo, documento mais completo e que traz informações sobre uso sustentável dos recursos naturais pelas populações tradicionais.

A expectativa é de que o plano de manejo seja concluído e aprovado pelo ICMBio e pelo Conselho Deliberativo da Resex até o final do ano. A formação do conselho está em fase de aprovação pela Diretoria de Unidades de Conservação de Uso Sustentável e de Populações Tradicionais do Instituto Chico Mendes.

Devido às dificuldades inerentes ao trabalho na Amazônia, a fase de diagnósticos socioambientais durou até final de 2007, quando a discussão do Plano de Utilização da Resex se tornou a prioridade. O plano é um dos principais componentes do Plano de Manejo, sendo a parte que descreve as regras internas de convivência e de uso dos recursos da unidade de conservação de uso sustentável.

Desde 2004, analistas ambientais vêm construindo, juntamente com a associação dos moradores, das comunidades da unidade e com instituições de pesquisa parceiras (Ufam e Inpa), o plano de manejo da reserva extrativista. Ainda em 2004, a reserva recebeu apoio financeiro do Fundo Nacional de Meio Ambiente (MMA) e, a partir de 2005, do Programa Áreas Protegidas da Amazônia.

A Reserva Extrativista do Baixo Juruá foi criada em 2001 e conta com uma área aproximada de 188 mil hectares, abrangendo os municípios de Juruá e Uarini, no Amazonas. A população tradicional residente, por volta de 700 pessoas, é formada por remanescente dos seringais existentes na época do Ciclo da Borracha.

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