Censo faz contagem populacional de uma das aves mais ameaçadas de desaparecer

MMA - www.mma.gov.br - 17/07/2009
A arara-azul-de-lear habita exclusivamente o semiárido baiano, na região de Jeremoabo, norte do estado. Ela constrói seus ninhos nas cavidades naturais dos paredões de arenito localizados na parte sul da Estação Ecológica (Esec) Raso da Catarina, nos sítios reprodutivos conhecidos como Toca da Velha, no município de Canudos e Serra Branca, no interior da própria estação.

A dinâmica de vida desses animais é bem previsível, pois, normalmente, ao raiar do dia saem voando, sempre em duplas. "São aves monogâmicas, se relacionam com apenas um parceiro para o resto da vida. Quando adultos chegam a medir de 70 a 75 centímetros. Os casais em nidificação saem somente para procurar alimento, sempre perto das cavidades nas quais os filhotes estão protegidos de possíveis predadores. É uma espécie muito arisca, principalmente durante esse período, e abandonam o ninho ao menor sinal de perigo. Por isso, temos muito cuidado em observar sem sermos notados pelos bichos," explica Oliveira.

O ICMBio, por intermédio do Cemave coordena as ações de campo do programa de conservação e manejo da espécie desde 2001, quando foi criada a base para pesquisas sobre a arara-azul-de-lear no município de Jeremoabo, na Bahia. Anualmente a equipe atua em conjunto com colaboradores da Fundação Biodiversitas, Estação Ecológica Raso da Catarina e biólogos contratados. Os especialistas fazem o censo populacional simultaneamente nos dois dormitórios conhecidos em Jeremoabo e em Canudos. Tudo é feito minuciosamente para evitar riscos aos animais adultos e aos filhotes.

Também contam com o auxílio de voluntários do município de Jeremoabo, pessoas da comunidade que têm interesse e aptidão em participar das atividades de campo.
UC:Estação Ecológica

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