CMA realiza mais uma soltura de peixe-boi marinho

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ - 22/01/2015
Nesta quarta-feira (21/01) Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio) realizou a primeira soltura de peixe-boi na naureza, de 2015. A ação faz parte dos esforços para a recuperação da espécie - ameaçada de extinção - e faz parte do Programa de Manejo para a Conservação do Peixe-boi. A soltura do animal foi feita pelas equipes da Base avançada do CMA em Porto de Pedras/AL e do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres - CRAS/CMA/PE.

Resgatada pela equipe da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (AQUASIS) quando tinha poucos dias de vida, em Aracati (CE), o peixe-boi fêmea Clara, hoje com quase 5 anos de vida, foi levado de avião para o CMA/ICMbio, em Itamaracá (PE). Após um período de reabilitação, que leva de 2 a 6 anos, Clara foi levada para o recinto de aclimatação no rio Tatuamunha, em Alagoas (em 2014).

Neste local, o animal se adapta às condições ambientais e assim, aumentam as chances de sucesso na reintrodução. "Nestas condições eles aprendem a conviver com outras espécies como peixes, crustáceos e aves, mudanças de temperatura da água, mudança de maré, entre outras circunstâncias", explica a coordenadora substituta do CMA, Fernanda Attademo. Depois de oito meses, com ótimas condições de saúde, Clara pôde finalmente ganhar a liberdade.

O analista ambiental responsável pela base avançada do CMA/AL, Iran Normande, acompanhou a soltura de Clara, vigésimo nono peixe-boi - mamífero da ordem dos sirênios - solto em Alagoas, o número de solturas na região deverá aumentar em março. "Nossa meta é realizar entre 4 e 6 solturas em 2015, com esse trabalho, pretendemos recolonizar áreas de ocorrência histórica da espécie e promover a conexão entre duas populações de peixes-bois, propiciando a troca de genes e reduzindo o risco de extinção'', comentou.

Monitoramento dos animais

Clara continuará sendo monitorada. Após a soltura, são utilizados microchips e transmissores por satélite. O objetivo desse monitoramento é acompanhar a adaptação do peixe-boi à natureza, possibilitando a intervenção da equipe, caso seja necessário. Além disso, permite gerar dados que auxiliarão os pesquisadores a definir áreas importantes para a conservação da espécie.

"Através deste trabalho, têm-se verificado o repovoamento de áreas onde a espécie já estava extinta e o aumento populacional em locais onde estava havendo declínio da mesma, um avanço importante, considerando que o peixe-boi marinho é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do Brasil", explicou a coordenadora substituta do CMA, Fernanda Attademo.

O CMA também executa pesquisas que proporcionam o aumento do conhecimento científico sobre a espécie e subsidiam a criação de políticas públicas para a conservação. Através de parcerias com instituições que trabalham com peixe-boi no Brasil, o CMA coordena a execução do Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação dos sirênios. Além disso, realiza ações de educação ambiental, promovendo o envolvimento da sociedade no processo de conservação da espécie.

Projeto Peixe-boi

O Projeto Peixe-boi foi criado em 1980 e é executado pelo CMA/ICMBio. Em Alagoas, o CMA atua em parceria com a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, através do Projeto Toyota , que conta com o aporte financeiro da Fundação Toyota do Brasil e da Fundação SOS Mata Atlântica. Atualmente a Fundação o boticário de proteção à natureza também vem apoiando projeto de avaliação da saúde dos animais após a soltura. O Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) também é outro parceiro que apoia a execução do projeto.



http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/20-geral/6696-cma-realiza-mais-uma-soltura-de-peixe-boi-marinho.html
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