Começa manejo de jacarés no Lago do Cuniã

Diário da Amazônia - http://www.diariodaamazonia.com.br - 27/10/2011
O primeiro manejo de jacarés em Rondônia já está em pleno funcionamento. A atividade é desenvolvida na Reserva Extrativista (Resex) do Cuniã, localizada no distrito de São Carlos, e representa uma alternativa econômica para os moradores tradicionais da área além de uma solução para os constantes ataques desses animais, presentes em grande volume na região. O Diário mostrou em agosto a expectativa dos moradores, que foram capacitados para o manejo, e que agora, colhem os primeiros resultados. No Amazonas, há o manejo desse animal na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, localizada no município de Tefé.

A localidade onde vivem mais de 100 pessoas é uma Unidade de Conservação que já permitia a retirada de outros produtos florestais como castanha e açaí. O início da comercialização da carne de jacaré vem sendo desempenhado de forma experimental, desde o último dia 3. O manejo deveria ter sido iniciado em agosto deste ano. "Tivemos problemas como entrega de equipamentos e algumas adequações no prédio para atender exigências sanitárias", explica o chefe da Resex, Cristiano Andrey Souza.
O manejo é acompanhado pelo Instituto Chico Mende de biodiversidade (ICMbio). A meta anual é o abate de 350 animais no primeiro ano de funcionamento, e já neste primeiro mês, já foram 100. "O manejo é adaptativo e após esse primeiro ano poderemos saber se é possível aumentar ou diminuir a capacidade", diz.

O levantamento sobre a viabilidade do manejo foi iniciado em 2004 pelo Ibama, mas somente este ano saiu do papel. A obra do frigorífico e abatedouro de jacarés que iniciou em 2009 foi realizada pela Santo Antônio Energia como forma de compensação.

Com base nesses estudos é que se define o tamanho, sexo e o número de animais que devem ser abatidos por ano. Esse trabalho vem sendo acompanhado pela Semagric e conta com a parceria do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e do Instituto Chico Mendes (ICMbio).

Para tornar o projeto possível, moradores foram capacitados para realizar desde a captura do animal até o processo industrial como corte e embalagem da carne. O couro do animal tem destino fora de Rondônia, como por exemplo, Minas Gerais. Segundo Cristiano, a média do valor por quilo dos animais varia de R$ 18 a R$ 20. "Isso vai variar de acordo com a aceitação do produto no mercado, o que já está ocorrendo", diz.





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UC:Reserva Extrativista

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