Comunidade da RESEX do Cazumbá-Iracema participa do segundo curso de capacitação do Programa de Monitoramento Participativo da Biodiversidade

Instituto de Pesquisas Ecológicas - http://www.ipe.org.br/ - 04/05/2016
A Reserva Extrativista (Resex) do Cazumbá-Iracema, em Sena Madureira, Acre, é uma das sete Unidades de Conservação participantes do Programa Monitoramento Participativo da Biodiversidade, iniciativa do ICMBio com o IPÊ. Em abril, 15 moradores de três macrorregiões da Resex (Cazumbá, Médio Caeté e Alto Caeté) participaram do segundo Curso de Capacitação de Protocolos Mínimos para o Monitoramento in situ da Biodiversidade, promovido pelas duas organizações parceiras.

A ideia da capacitação é levar conhecimento e dar instrumentos às populações locais para a realização do monitoramento dos recursos naturais locais, um dos importantes objetivos do programa. A Resex possui extensas áreas ainda intactas e uma das maiores biodiversidades locais de espécies de mamíferos de maior porte do mundo. Conhecer a situação dessa biodiversidade, é importante para subsidiar a gestão do território e de seus recursos naturais. No curso, além do monitoramento de mamíferos, os participantes tiveram orientações sobre monitoramento de borboletas frugívoras e plantas lenhosas.

Na Resex, já existem três Estações Amostrais implantadas e dois anos de dados coletados para o Programa de Monitoramento. Seis comunitários trabalham como monitores dos Protocolos Mínimos e 25 pessoas estão capacitadas para atuarem no Projeto.

Segundo o gestor da Unidade, Tiago Juruá, "a importância de realizar o monitoramento da biodiversidade é tanto a de conhecer melhor a biodiversidade local quanto a de acompanhar as possíveis mudanças no ambiente relacionadas às mudanças climáticas ou à pressões antrópicas locais. Esta importância está sendo cada vez mais compreendida pelas comunidades da reserva e o interesse em conhecer melhor o trabalho e participar do monitoramento é crescente. No futuro há a possibilidade inclusive de que cada comunidade promova o monitoramento local relacionado ao grupo ou espécie de interesse definido pelos extrativistas", diz.

Aldeci Maia, líder comunitário, concorda. Para ele, o envolvimento da comunidade no monitoramento também fortalece o projeto, uma vez que os comunitários sentem-se valorizados participando ativamente como monitores da biodiversidade e não apenas como coletores de dados, sempre tendo o conhecimento tradicional contemplado no processo.

Além dos representantes do IPÊ, Ilnaiara Souza, e do ICMBio, Tiago Juruá, participaram desta edição da capacitação o historiador César Félix, o analista ambiental Ricardo Sampaio (CENAP) e as biólogas Elisa Herkenhoff e Jhulye Valente.


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UC:Reserva Extrativista

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