Controle de incêndio no Amapá depende de chuva

Diário do Amapá-Macapá-AP - 26/11/2002
Já dura mais de duas semanas o incêndio que consume a Rebio (Reserva Biológica) do Lago do Piratuba, localizada na região leste do Estado. O local do incêndio é de difícil controle. O fogo está destruindo a fauna e a flora do local, além do subsolo, que é bastante utilizado pelos moradores da região.

Estão na área vários brigadistas do Ibama/AP, 30 do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros e mateiros da região. A Reserva Biológica do Lago Piratuba ocupa uma área de 400 mil hectares e encontra-se distante 150 quilômetros de Macapá. A reserva foi criada pelo decreto de 1980. Aproximadamente 120 famílias moram no interior do Lago Piratuba e a principal atividade econômica exercida pelos moradores é a criação de búfalo, sendo vendido a carne e o leite do animal.

O incêndio destrói cerca de 4 mil dos 357 mil hectares da reserva, que é considerada uma das mais importantes do País. Segundo a Superintendência do Ibama no Estado, o fogo deve ter surgido propositadamente. O suspeito é um fazendeiro da região, que segundo técnicos do Ibama deve ser autuado e multado. A multa é de R$ 1 mil por hectare e o fazendeiro pode ter de pagar até R$ 700 mil.

O engenheiro florestal Celso Luiz Ambrósio, do Centro Nacional de Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, afirmou que o incêndio está quase sob controle. "Quando a gente consegue confinar o fogo, aí ele está plenamente sob controle. Estamos chegando lá", afirmou. Porém, o período de chuvas está demorando a chegar e o fogo se aproxima da floresta densa, onde as chances de controle são bem menores
(-Diário do Amapá-Macapá-AP-26/11/02)
UC:Reserva Biológica

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