Copom integra projetos importantes para conservação de espécies da flora brasileira

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 16/07/2008
Pesquisas e desenvolvimento de técnicas para conservação e manejo de plantas, em especial do Cerrado. Essas têm sido as contribuições expressivas do Centro Nacional de Orquídeas, Plantas Ornamentais, Medicinais e Aromáticas (Copom) - centro especializado do Instituto Chico Mendes - para a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, criada pelo Governo Federal com o objetivo de promover o fortalecimento da indústria farmacêutica nacional por meio do desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos.

Outra frente importante de atuação do centro é o projeto Uso Sustentável da Biodiversidade pelas Comunidades da Biorregião do Araripe, que vem sendo realizado há três anos dentro do Programa Biodiversidade Brasil-Itália. O projeto visa desenvolver parcerias institucionais entre organismos ou programas governamentais, organizações não governamentais e movimentos sociais com vistas a apoiar e capacitar as famílias das comunidades do entorno da Floresta Nacional de Araripe, no Ceará, para o manejo da flora.

Está previsto para o final do ano a elaboração de um plano de ação, que envolverá orientação na pesquisa e ações prioritárias para conservar as espécies existentes na unidade de conservação. O projeto envolve pesquisa, capacitação, divulgação e já obteve resultados expressivos, como teses de doutorado aplicadas à questão e subsídios para o manejo de conservação de espécies da região. Entre os parceiros do ICMBio no programa estão Embrapa, Universidade Regional do Cariri (CE), Universidade Católica, Instituto Agronomico per l'Oltremare (Itália) e unidades de conservação.

O centro integra, ainda, o 1o Grupo de Conservação de Fungos da América Latina, cujas atividades começaram em 2007. O estudo da conservação dos fungos é recente. São equivocadamente relacionados somente com doenças e mofos, mas são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas, pela sua relação ecológica direta com as plantas e outros organismos.

Fungos também possuem enorme potencial biotecnológico. No desenvolvimento de medicamentos, em aplicações na indústria, na produção de alimentos e ainda na capacidade de recuperar ambientes contaminados por meio da biorremediação.

Existem mais de um milhão e meio de espécies, o que os eleva ao segundo lugar em diversidade no planeta, só ficando atrás do grupo dos insetos. Todavia, diante do quadro de extinção em massa, diversos setores como o de pesquisa têm ampliado o conhecimento acerca da sua diversidade, além de buscado ações de conservação.

Ecologia de Plantas do Bioma Cerrado e o Levantamento da Flora Ameaçada de Extinção do Bioma Cerrado são dois projetos coordenados pelo Copom desde o início do ano que envolvem pesquisa em campo sobre espécies ameaçadas e exploradas. O programa visa estabelecer critérios para a conservação e recuperação da flora, além de subsidiar a revisão da lista de espécies ameaçadas.

O projeto Banco de Dados das Espécies da Flora Medicinais e Ameaçadas de Extinção e Fungos Explorados reunirá informações sobre o trabalho do centro, além de auxiliar e direcionar os projetos específicos por meio da coleta e armazenamento de dados.

Mas o Copom não pára por aí. Ele atua ainda na área de capacitação tanto interna, de seu corpo técnico, quanto de comunidades. Ele promove cursos de capacitação e de etnobotânica para que as comunidades do entorno das unidades de conservação possam aprimorar o uso dos recursos. Na Flona do Araripe, por exemplo, o curso de etnobotânica oferece subsídio teórico e prático sobre estudo de conservação e técnicas de manejo das espécies. Em 2007 ocorreram dois cursos.

Histórico - O Centro Nacional de Orquídeas, Plantas Ornamentais, Medicinais e Aromáticas (Copom) é um centro especializado do Instituto Chico Mendes que foi criado com o objetivo de implementar ações de pesquisa, conservação e manejo de espécies nativas da flora exploradas ou ameaçadas de extinção, especialmente nas unidades de conservação.

A equipe do Copom é multidisciplinar e conta com doutores em ecologia, fitopatologia, botânica, engenheiros florestais, químicos, além de bolsistas e pesquisadores. O centro trabalha em áreas específicas. O trabalho integrado com as comunidades visa ampliar os conhecimentos sobre a flora e desenvolver técnicas de manejo e conservação de espécies.

Após a reestruturação do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes (ICMBio) foram feitas readaptações para ajustar a concepção do centro à nova concepção do instituto. A mudança foi positiva, pois definiu as prioridades do Copom. Além disso, os projetos passaram por planejamento e oficinas para se ajustarem aos objetivos da Diretoria de Conservação da Biodiversidade (Dibio), dentro do Instituto.
UC:Floresta

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