Despoluição da Baía de Guanabara e campo de golfe preocupam o Rio

OESP, Metrópole, p. A17 - 24/03/2015
Despoluição da Baía de Guanabara e campo de golfe preocupam o Rio

O Rio de Janeiro está em contagem regressiva para o início dos Jogos Olímpicos. Mas, a 500 dias da grande festa esportiva, muita coisa ainda precisa ser feita e alguns problemas necessitam de solução, como o caso do campo de golfe em uma reserva de proteção ambiental e o da despoluição da Baía de Guanabara, onde serão disputadas as competições de vela.
Até o momento, o custo dos Jogos está estimado em R$ 37,7 bilhões, considerando os investimentos em infraestrutura e no legado. A última versão da Matriz de Responsabilidade, que lista os projetos dos locais de disputa das competições olímpicas e paralímpicas, atingiu um valor de R$ 6,6 bilhões, R$ 100 milhões a mais do que na versão anterior. A Copa do Mundo de 2014 custou R$ 27,1 bilhões, dos quais pouco mais de R$ 8 bilhões gastos nos estádios, segundo o governo brasileiro.
Além do esforço para deixar tudo pronto até o dia 5 de agosto de 2016, existe a tentativa de colocar o Brasil no mapa esportivo mundial. O sonho dos dirigentes é que o País fique entre as dez melhores delegações no quadro de medalha em um evento cheio de estrelas internacionais.


Meta da coleta de esgoto está longe de ser alcançada

Felipe Werneck - O Estado de S. Paulo

A 500 dias da Olimpíada, o governo do Rio não cumpriu nem metade da meta de "coletar e tratar 80% de todos os esgotos" lançados na Baía de Guanabara. Apresentado em 2009 ao Comitê Olímpico Internacional (COI), o compromisso foi anunciado na época como principal 'legado' dos Jogos na área ambiental. Seis anos se passaram e a baía continua recebendo em média 10 mil litros por segundo de esgoto sem tratamento.
Cerca de 4,2 milhões de pessoas ainda vivem sem saneamento básico nos 15 municípios do entorno. O esgoto coletado e tratado representa hoje 35% do total produzido, segundo números obtidos com técnicos da Secretaria do Ambiente. Na Olimpíada, a baía receberá as provas de iatismo. Para piorar a situação, um programa de recolhimento de lixo flutuante iniciado em 2014 foi interrompido em fevereiro por falta de verba, sob alegação de ineficiência - oficialmente, eram recolhidas em média 50 toneladas por mês.
No início de março, após a interrupção do projeto dos Ecobarcos e Ecobarreiras causar polêmica, o governo anunciou a importação de um programa da Holanda para ajudar na coleta de resíduos sólidos. Entretanto, universidades do Rio têm modelos computacionais semelhantes, que usam informações de correntes marítimas e ventos para prever onde haverá maior concentração de detritos.
"Já fazemos isso desde o acidente que ocorreu na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) em 2000. A baía é nosso laboratório permanente. O que espanta é o governo colocar que isso vai resolver o problema do lixo flutuante", diz Luiz Landau, que coordena o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia da Coppe/UFRJ. "É um sistema trivial, que ajuda, mas não pode ser apresentado como solução mágica. O que resolve é não deixar chegar o lixo dos rios, com programas de educação ambiental e de habitação, para evitar ocupações irregulares, entre outras ações." Landau diz que o programa poderia ser oferecido de graça, mas não foi procurado por representantes do governo.
A promessa da gestão do PMDB para a Olimpíada não foi a primeira a naufragar. Anunciado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), o Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) começou a ser executado em 1995 e foi prorrogado sete vezes. Consumiu mais de US$ 1,2 bilhão e continua inacabado. Quatro grandes estações de tratamento foram construídas, mas faltaram redes de esgoto, que ficam escondidas debaixo da terra. A estação de São Gonçalo já foi inaugurada quatro vezes e a de Paquetá se tornou um símbolo dos erros do programa: fora de uso durante longo tempo, ficou deteriorada e foi desativada.
No contrato do PDBG estavam previstos 1.248 km de redes coletoras e 178 mil ligações domiciliares. Mas foram executados apenas 603 km de redes e 54.842 mil ligações. "Não é um projeto que teve boa reputação", reconheceu o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financiou a obra.
Em 2012, um novo empréstimo de US$ 452 milhões (R$ 1,2 bilhão em valorização atual) foi aprovado pelo BID. O governo afirma que estão em andamento obras e licitações para concluir as ligações entre as redes, o que aumentaria a taxa de tratamento para cerca de 50%, e construir uma nova estação, em Alcântara. Mas a conta para resolver o problema do esgoto na região metropolitana seria de pelo menos R$ 9 bilhões.
Enquanto isso, rios de esgoto continuam escorrendo em galerias nos fundos da churrascaria Fogo de Chão, na Enseada de Botafogo e na Marina da Glória, que será palco das provas de vela em 2016. No canal do Fundão, que recebeu em 2012 um projeto de recuperação ambiental que consumiu R$ 320 milhões, a falta de manutenção voltou a transformar as margens em um grande lixão. "Foram instaladas telas em um trecho de 8 km para evitar a retenção de lixo nos mangues, mas foi tudo abandonado", diz o biólogo Mario Moscatelli, que trabalhou como consultor do projeto.
A situação é ainda mais crítica nos rios que recebem o esgoto da Baixada Fluminense. O último grande remanescente de manguezais fica na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, que abrange os únicos rios limpos da bacia hidrográfica. "Isso aqui está destinado a acabar", afirma o pescador Alexandre Anderson, da Associação Homens do Mar (Ahomar), referindo-se aos impactos provocados pelo Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), projeto bilionário da Petrobrás. Em 2011, a empresa foi obrigada a compensar danos ao meio ambiente causados pela obra. O termo de compromisso previa o plantio de mudas nativas de Mata Atlântica em uma área de 4.584 hectares, maior que o Parque Nacional da Floresta da Tijuca. No entanto, segundo o último balanço oficial, a recomposição havia atingido apenas um trecho de 500 hectares.
HEPATITE
"Falta gestão e punição em relação à má administraçao", diz Moscatelli, que tem mestrado em ecologia. "Saneamento nunca foi uma prioridade. Vivemos uma realidade do século 18. Acho uma sacanagem o que os governos fazem com essa cidade e recomendo aos atletas que se vacinem contra hepatite." Para ele, a solução do problema dos resíduos sólidos deve se concentrar nos rios, com barreiras mecanizadas. Procurado pela reportagem por duas semanas, o secretário do Ambiente, André Corrêa, não deu entrevista. No fim de janeiro, ele descartou o cumprimento da meta de 80% até a Olimpíada.


Atletas podem vir tranquilos ao Rio

Entrevista. Carlos Arthur Nuzman

Sílvio Barsetti

O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, aposta no sucesso dos Jogos Olímpicos e se diz tranquilo quanto às polêmicas sobre poluição na Baía de Guanabara e construção do campo de golfe. Nesta entrevista ao Estado, ele afirmou que os atletas de vela vão encontrar no Rio "águas iguais para todos".
Como está o Rio a 500 dias dos Jogos?
Muito bem. Toda cidade que organiza os Jogos tem uma história própria de facilidades e dificuldades. Com o Rio não vai ser diferente. Nosso cronograma está sendo cumprido, superamos pequenos atrasos, como os do velódromo e do Complexo de Deodoro, que está até um pouco avançado. Os Jogos vão ser espetaculares.
Está mantida a meta de o Brasil ficar entre os dez melhores dos Jogos?
Sim, o objetivo de chegar entre os dez com maior número de medalhas não muda. Há, claro, uma necessidade de obter esses resultados em esportes que até agora não nos levaram ao pódio em Olimpíadas. Quando falamos de novas medalhas, sabemos que alguns daqueles por quem nutrimos uma expectativa maior podem não ter sucesso. Levamos em consideração os efeitos da tensão de atuar em casa, da pressão natural que a pessoa sofre.
Em que modalidades residem essa expectativa (de medalhas inéditas)?
Não é meu estilo falar disso. Mas o handebol, por exemplo, tem feito uma preparação magnífica, merece medalha. A canoagem pode surpreender, está fazendo um trabalho muito importante.
A meta de despoluição da Baía de Guanabara não vai ser alcançada. Como o senhor analisa a questão?
Todos os Jogos Olímpicos tiveram problemas de poluição nas áreas de competição da vela. Vou destacar Sydney (2000) e Pequim (2008). Pequim ainda continua com a poluição. O trabalho do governo do Estado do Rio é enorme. Já despoluiu muito, tanto que ninguém reclamou no evento-teste de agosto do ano passado.
O que o senhor poderia dizer para os atletas de vela que vêm de fora do País competir na Baía de Guanabara?
Para que venham com a maior tranquilidade possível. Cada vez que você entra em local de competição de vela você tem um tipo de problema que vai ter de superar. As águas nos locais de competição são iguais para todos. Os melhores vão ganhar.
O campo de golfe vive em meio a indefinições por causa de ações na Justiça, uma delas questiona o uso "inadequado" de área de preservação ambiental. Como analisa a situação?
Sempre há problemas em questões que envolvem locais de competições; isso ocorre com várias modalidades. Não se pode esquecer de problema muito mais intenso com a Marina da Glória no Pan-Americano (2007). Agora, é no golfe. Ali (na Barra da Tijuca) está sendo feito um trabalho extraordinário e o campo de golfe olímpico vai ser um dos mais bonitos do mundo.
Por que a opção pelo campo de golfe numa área de preservação ambiental e não em um dos dois clubes de ponta com sede no Rio, o Itanhangá Golf Club e o Gávea Golf?
Você conhece aquela história dos técnicos que cortam os jogadores de suas listas e falam somente dos que ficaram? Eu gostaria de falar só do que tem. Os dois campos são privados, particulares, não podem ser oferecidos à população. É caríssimo ser sócios deles.
Relatório recente do TCU questiona a data prevista para a extinção do Comitê Rio-2016, que é durante o ano de 2023. O Tribunal cita o Comitê de Londres-2012, que encerrou suas atividades em 2013. Por que estender tanto o Rio-2016?
A experiência nos mostra que a gente deve deixar uma margem de segurança muito grande. O ideal é encerrar o mais rápido possível; tão logo esteja pronto o relatório final e a prestação de contas. Estando pronto isso, vamos entregar antes.
O que poderia ser esse "antes"?
Não tem uma razão assim tão determinante.
Há algum risco de as Vilas dos Árbitros e de Mídia ficarem no papel?
Vamos ter, estava previsto, vamos ter. Essas mudanças (não vão mais ficar na zona portuária) também atendem os árbitros, que preferem ficar perto de seus locais de competição. Em termos de mídia, vale atentar para as questões que são oferecidas e pelos preços que a imprensa vai pagar.
O TCU também questiona os gastos com a sede do Rio-2016, que vão chegar a R$ 80 milhões. O Tribunal considera um desperdício do que seria "legado econômico", se o dinheiro fosse investido na aquisição ou construção de uma sede própria para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Como avalia isso?
Nós até hoje não utilizamos recursos públicos no Rio-2016.
Nem de loterias federais (Lei Agnelo Piva)?
Não, nada. Uma lição de Jogos passados, e isso é experiência, é que você deve estar num prédio único, com todas as suas instalações da organização. Estamos falando num prédio de 22 mil a 25 mil metros quadrados. Não existem no Rio locais assim que possamos ocupar, alugar, receber de graça. Nós estamos inovando com uma sede temporária que fica como uma lição para o Brasil, de poder utilizar instalações temporárias de sede, seja para saúde, segurança, parte administrativa, que os governos necessitem. É uma experiência única também em Jogos Olímpicos. Por causa das razões que eu expliquei, e nós estamos muito felizes para poder dar essa demonstração. Porque, se fôssemos ocupar qualquer lugar, teríamos que pagar e nós estamos pagando menos do que pagaríamos se tivéssemos de alugar escritórios no centro, na Barra, na zona norte da cidade. Se for fazer essa conta, merecemos um grande elogio.

Campo de golfe causa polêmica

Sílvio Barsetti - O Estado de S. Paulo

Depois de 112 anos, o golfe volta à Olimpíada e já tem lugar assegurado entre as principais polêmicas dos Jogos de 2016. Tudo por causa da decisão da prefeitura de ceder uma área de preservação ambiental para a construção do campo, que vai receber os melhores golfistas do mundo. Duas ações ajuizadas pelo Ministério Público do Estado questionam a transação e uma delas pede a paralisação das obras.
O campo de golfe, orçado em R$ 60 milhões, é de responsabilidade da Fiori Empreendimentos. Em troca, a prefeitura permitiu a exploração comercial de parte do terreno, localizado na Barra da Tijuca, na zona oeste, e por meio de uma lei complementar mudou o zoneamento para abrigar o projeto - o que levou dois funcionários da Secretaria de Meio Ambiente a entregar o cargo.
Ali, a cinco quilômetros do Parque Olímpico e a poucos passos da Lagoa de Marapendi, devem ser erguidos 23 prédios, cada qual com mais de 20 andares, num condomínio que valeria cerca de R$ 1 bilhão. O gabarito anterior estabelecia o limite de seis pavimentos para imóveis construídos na área.
Ativistas protestam em frente à área que receberá a disputa de golfe em 2016Ativistas protestam em frente à área que receberá a disputa de golfe em 2016
O MP vê irregularidades na concessão da licença ambiental para o campo de golfe olímpico e alega que o estudo técnico foi indevido. Na primeira das ações, ressalta que é preciso impedir a remoção de vegetação nativa e da fauna, a criação de lagos artificiais e o "prosseguimento de toda e qualquer obra de construção das edificações previstas" para o local.
Enquanto isso, ativistas do 'Ocupa Golfe' acampam há quatro meses em frente ao estande do empreendimento. Eles se revezam em torno de cadeiras de praia, lonas e caixas de isopor para denunciar irregularidades e também querem o embargo das obras.
Estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pedro Correa, de 19 anos, lamenta o que considera "uma devastação" de um dos espaços mais bonitos da cidade. "Desmataram uma área extensa e agora lutamos para o replantio das espécies nativas e a volta de animais para o seu habitat."
O grupo conta com quase 10 mil simpatizantes em redes sociais. No local, em meio a quatro pistas da Avenida das Américas, cerca de 50 jovens se dividem em três turnos para exibir faixas e cartazes de protesto. Quando a reportagem do Estado esteve no acampamento, pôde-se ouvir a manifestação de vários motoristas, que por ali passavam em alta velocidade. Alguns buzinavam em apoio ao movimento, outros preferiam ofendê-los.
Uma das queixas dos que contestam a solução da prefeitura do Rio diz respeito ao não aproveitamento do campo de um dos clubes mais bem cotados de golfe da América Latina: o Itanhangá Golf Club. Em carta que veio a público ano passado, o presidente do IGC, Alberto Fajerman, revelou que jamais tinha sido procurado pela organização dos Jogos para avaliar a possibilidade de seu clube sediar competições durante a Olimpíada. Ele enfatizou que o local poderia se adequar e atender as exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Joaquim Carvalho, garante que houve motivos suficientes para a exclusão. "Como você vai botar dinheiro público em áreas privadas? Além disso, o tamanho do campo (do clube) é incompatível e ali, no Itanhangá, não tem como abrigar 20 mil pessoas." Para ele, o investimento vai revitalizar uma área "que estava degradada e onde havia exploração regular de areia, que não tinha significado nenhum". Joaquim sustenta que a fauna e a flora não foram nem serão afetadas com a construção do campo e dos prédios.
"Não é prioridade para a prefeitura ter um campo de golfe. Se fosse com dinheiro público, talvez pudesse haver o questionamento. O investimento no campo olímpico é 100% privado", disse.
O executivo afirmou ainda que a irrigação do campo de golfe, permanente, não consome água da central de abastecimento do Estado. "Ali há dois lagos artificiais. Não tem uma conta de água milionária. A água bate na grama, a terra absorve, vai para o lençol freático e volta para o lago. Perde-se entre 15% e 20% em evaporação. Não é água para consumo humano." Essa é uma outra polêmica que já se materializou com protestos de vizinhos, contrariados com o que chamam de desperdício de água num período de crise hídrica.
Uma outra ação partiu do MP para apurar se o prefeito Eduardo Paes teria cometido ato de improbidade administrativa no acordo com a Fiori Empreendimentos para a construção do campo de golfe, permitindo ao grupo "vantagens excessivas e injustificadas". Por meio de sua assessoria, o prefeito informou que não vai se manifestar sobre o caso porque não foi citado pela Justiça.
MAL-ESTAR
No fim de fevereiro, em conversa informal com repórteres, Paes comentou que "não teria feito este campo de golfe nunca" se dependesse dele e acrescentou que só deu continuidade ao projeto porque "todos os pareceres" indicavam que os demais campos existentes no Rio - além do Itanhangá, o do Gávea Golf - não serviam para os Jogos. Durante um encontro com universitários no Rio, o presidente do COI, Tomas Bach, apresentou outra versão sobre a escolha e disse que Eduardo Paes "pressionou muito pela construção desse campo."
Sobre a denúncia de desrespeito ambiental, a Fiori sustenta que "é mera executora do projeto" concebido pelo Comitê Rio-2016 e nega eventual prejuízo à fauna e flora. O Rio-2016, de acordo com seu diretor de Comunicação, Mario Andrada, afirma que o "ganho ambiental" na área "é um sucesso" e que a cidade será agraciada "com o melhor campo esportivo público do Brasil".

OESP, 24/03/2015, Metrópole, p. A17

http://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-olimpicos,despoluicao-da-baia-de-guanabara-e-campo-de-golfe-preocupam-o-rio,1656606

http://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-olimpicos,promessa-de-legado-limpeza-da-baia-de-guanabara-e-incognita,1656380

http://esportes.estadao.com.br/noticias/jogos-olimpicos,nuzman-minimiza-poluicao-na-baia-de-guanabara-aguas-iguais-para-todos,1656392

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Recursos Hídricos:Poluição

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