Em Mato Grosso o desmatamento é o menor entre os estados da Amazônia Legal

SEMA/MT - www.sema.mt.gov.br - 15/10/2009
O Boletim Transparência Florestal divulgado nesta quarta-feira (14.10) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela que apesar do aumento do desmatamento registrado no último mês de agosto na Amazônia Legal, Mato Grosso continua diminuindo o ritmo do desmate em seu território. No estado, o desmatamento ocorreu em menor proporção (8%) enquanto que no Pará foi de 76%, no Amazonas (6%) e Rondônia (5%).

Em agosto de 2009, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon registrou 273 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Porém, cerca de 46% (125 quilômetros quadrados) desse desmatamento pode ter ocorrido antes, pois estava situado em áreas cobertas por nuvens nos meses anteriores.

Em relação a julho de 2009, quando o desmatamento atingiu 532 quilômetros quadrados, houve uma redução de 49% e em relação a agosto de 2008, quando o desmatamento atingiu 102 quilômetros quadrados, houve um aumento de 167%.

O boletim divulgado pelo Imazon mostra que no Pará o desmatamento ocorreu de maneira mais concentrada no trecho da BR-163, que vai da fronteira com o Mato Grosso até Itaituba; na área de influência da rodovia Transamazônica entre os municípios de Marabá e Uruará; e em São Félix do Xingu.

O desmatamento foi expressivo nas Áreas Protegidas atingindo 48% do total no mês a maior proporção de desmatamento registrada pelo SAD. As Unidades de Conservação mais afetadas pelo desmatamento foram APA Estadual Triunfo do Xingu (na Terra do Meio) com 18,7 quilômetros quadrados desmatados e Floresta Nacional do Jamanxim (BR-163, Pará) com 4,2 quilômetros quadrados e a Terra Indígena Apyterewa (na Terra do Meio, Pará) com 10 quilômetros quadrados.


MATO GROSSO

O secretário adjunto de Qualidade Ambiental, Salatiel Araujo disse que no estado, os números continuam em curva decrescente. Em julho de 2009, dados do Imazon, revelaram que o desmatamento foi maior no Pará (70%) enquanto em Mato Grosso atingiu 12%, seguido pelo Amazonas com 10%; Rondônia com 5%; e Acre, Roraima e Tocantins com1% cada.

Em junho, Pará registrou o maior índice de desmatamento (81%), seguido por Rondônia (7%), Mato Grosso (7%) e Amazonas (3%). Tocantins e Acre foram responsáveis por 1% cada.

Para o secretário adjunto, as comparações feitas entre o mês de um ano e o mês do ano seguinte ou passado, não tem valor estatístico. "Em função da maneira errática como o desmatamento ocorre muitas vezes, essa comparação pode levar a conclusões falsas em relação ao aumento ou diminuição do desmatamento. O correto, segundo o Inpe e o Imazon, é compararmos períodos mais longos, tais como um semestre ou um ano, para que possamos avaliar melhor, e a partir daí, definir se são necessárias a implementação de ações de monitoramento e controle mais fortes ou não".

O secretário explicou que isso evita gastos elevados com operações de fiscalização sem que necessariamente essas operações tenham resultado efetivo, uma vez que o desmatamento pode continuar sua tendência de queda mesmo sem essa fiscalização. "Uma análise com base em períodos mais longos indica também em que áreas do estado devemos concentrar a fiscalização de maneira a coibir tendências de crescimento de desmatamento ilegal".

Ele lembrou por exemplo, que a taxa de desmatamento acumulado no período de agosto de 2008 a julho deste ano (dados do Imazon divulgados em agosto) mostram que em Mato Grosso a redução no período é de 79%, correspondendo a uma área de 435 quilômetros quadrados, cerca de 1.500 quilômetros quadrados a menos do que foi registrado no período de agosto de 2007 a julho de 2008.

Salatiel Araujo disse que o governo do estado, por determinação do Governador Blairo Maggi, vai continuar priorizando as ações de combate ao desmatamento ilegal e destacou o trabalho conjunto que vem sendo construído com a sociedade civil organizada, o setor produtivo e as organizações não governamentais, na construção de pactos e programas de valorização da floresta em pé, de aproveitamento das áreas já abertas pela agropecuária, ampliação da atividade madeireira sustentável e a conscientização do produtor em busca da legalização fundiária e ambiental.

(Com informações do Imazon)
UC:Geral

Unidades de Conservação relacionadas

  • TI Apyterewa
  • UC Jamanxim
  • UC Triunfo do Xingu
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.