EPE identifica 2.790,8 MW de potencial na Bacia do rio Aripuanã

Canal Energia - http://www.canalenergia.com.br/ - 24/01/2012
AAI vê a possibilidade de instalação de sete novos aproveitamentos, mas terras indígenas e UCs tornam viabilização desafiadora


A Empresa de Pesquisa Energética divulgou o relatório final da Avaliação Ambiental Integrada da Bacia do rio Aripuanã localizada entre os estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. Foram localizados oito possíveis novos aproveitamentos com potência de 2.790,8 MW em cascatas, incluindo a hidrelétrica de Dardanelos (MT-261 MW) já em operação. São cinco usinas no rio Aripuanã - Prainha (796,4 MW), Sumaúma (458,2 MW), Quebra Remo (267,8 MW) e Ilha 3 Quedas (115,5 MW), além de Dardanelos e da PCH Juína (5,3 MW) - e três no rio Roosevelt - Cachoeira Galinha (399,8 MW), Inferninho (361,1 MW) e Ilha São Pedro (131 MW).

Contudo, a região é abrangida por terras indígenas e unidades de conservação, onde estão, parcialmente, os reservatórios de quatro projetos. Em virtude dessas características, os técnicos da Themag Engenharia, que realizou os estudos, não tiveram permissão para entrar nas terras indígenas Roosevelt, Sete de Setembro e Parque do Aripuanã. Por isso, eles estimaram em 866 MW o potencial dessas áreas.

"Aproximadamente 90% da área total da bacia está coberta com vegetação natural com elevado grau de conservação", afirma o relatório. O documento frisa que o nível de preservação constitui um fator potencializador de conflitos na região, especialmente, na questão de grilagem de terras, invasões e desmatamentos nas terras indígenas e UCs.

"Trata-se, portanto, de uma região com alta sensibilidade socioambiental e crescente fragilidade, onde a implantação dos projetos hidrelétricos inventariados precisa ser acompanhada de um amplo e aprofundado debate focado, principalmente, no arcabouço legal que rege e regualmenta as atividades e interferências sobre terras indígenas e unidades de conservação", salienta o documento.

A AAI considera como mais desafiadoras as áreas previstas para os aproveitamentos Prainha, Sumaúma, Cachoeira Galinha e Inferninho, no estado do Amazonas. Somente Cachoeira Galinha afeta 139 quilômetros quadrados do Parque Nacional dos Campos Amazônicos. Já Inferninho atinge cinco áreas de preservação totalizando 154,32 km². A região é composta por UCs e alto grau de preservação da vegetação. Segundo a avaliação, o isolamento levará a necessidade de construção de estradas de acesso de até 80 quilômetros, o que poderia aumentar a pressão sobre a o local.

Para acessar todos os documentos: http://www.epe.gov.br/MeioAmbiente/Paginas/AAIs/BaciadoRioAripuan%C3%A3.aspx



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PIB:Rondônia

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