ICMBio - www.icmbio.gov.br - 01/03/2010
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos, da Fundação de Universidade do Rio Grande (CRAM/FURG), realizou resgate de uma tartaruga marinha (Dermochelys coriacea) no entorno do Parque Nacional (Parna) da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul.
Adescoberta do animal foi feita no dia 12 fevereiro por banhistas da Praia de São Simão, no entorno da unidade. A equipe do Parque encontrou a tartaruga jovem de 100 kg com a nadadeira dianteira esquerda amputada e cicatrizada, provavelmente mutilada em conseqüência das redes de pesca em alto mar.
Os agentes do ICMBio colocaram o animal de volta ao mar, mas no dia 25 a chefia do parque foi informada de que ele havia retornado à praia. A equipe fez então o resgate e levou a tartaruga para a sede do Centro de Recuperação de Animais, onde foi aplicado medicamento para aumentar a sua imunidade.
No Centro, foi medicada e submetida a exame de sangue, entre outras providências necessárias. Em seguida, foi colocada numa piscina para observação. A expectativa da equipe do Parna da Lagoa do Peixe é que o animal seja recuperado e reintroduzido em alto mar, seu habitat natural, nos próximos dias.
A espécie é considerada em perigo de extinção pela lista de animais ameaçados da IUCN (União Mundial de Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Possui hábitos peculiares e vive essencialmente em águas profundas. Alimenta-se de água-viva (medusas). Seu sítio de reprodução no Brasil restringe-se ao litoral do Espírito Santo. Segundo a literatura específica, o animal vive cerca de 80 anos, pode pesar 1000 Kg e atinge até 2 m medido longitudinalmente na carapaça.
UC:Parque
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