Estado quer restringir acesso a Ilha Grande

O Globo, Rio, p.15 - 16/01/2004



Estado quer restringir acesso a Ilha Grande Maiá Menezes O governo do estado quer restringir o acesso de turistas à Ilha Grande. A proposta faz parte do Plano Diretor que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) elaborou para o Parque Estadual da Ilha Grande e que será agora regulamentado, doze anos após sua criação. O projeto inclui a contratação de um administrador, um biólogo, um vigia e cinco guardiães; a compra de uma moto e um jipe para patrulhar a área; e a construção de uma sede no parque. As idéias sairão do papel com o financiamento da Termo-Rio, que hoje assina com o estado um convênio de repasse de R$ 8 milhões para projetos ambientais: R$ 307 mil serão investidos na Ilha Grande. - O turismo na região está predatório. É preciso controlar isso, restringindo o número de turistas que chegam de barco. Sei que vai haver resistência, mas vamos negociar com a prefeitura. A idéia é qualificar o turismo, como aconteceu em Bonito (no Mato Grosso do Sul) e em Fernando de Noronha - disse Maurício Lobo, presidente do IEF. Convênio prevê R$ 6 milhões para parque Os recursos também serão investidos no Parque Estadual dos Três Picos, que abrange os municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim. A proposta do estado é atrair turistas para o parque, criado em junho de 2002. Para isto, deverá construir uma sede, contratar cinco funcionários e controlar a entrada de visitantes, com portarias de acesso. No parque, serão investidos R$ 6 milhões. A verba fornecida pela Termo-Rio atende ao que prevê a lei 9985, de 18 de julho de 2000: é uma contrapartida pelo licenciamento ambiental fornecido para a implantação da Termelétrica de Duque de Caxias. A lei prevê que a empresa favorecida pelo licenciamento deverá dar, como contrapartida ao estado, recursos para investimentos ambientais. Estado fará desapropriações em estação ecológica O convênio, que será assinado pelo governador em exercício e secretário de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde, e por representantes da Termo-Rio hoje, no Palácio Guanabara, prevê também investimento na Estação Ecológica de Guaxandiba, no município de São Francisco de Itabapoana. A estação ecológica, também criada em 2002, é a último área remanescente de Mata Atlântica na região noroeste do estado. A intenção do estado é fazer desapropriações no entorno da estação ecológica, onde há áreas de produção agrícola, para criar áreas de proteção permanente. No total, serão gastos R$ 1,52 milhão - dos quais R$ 1,2 milhão em desapropriações.



O Globo, 16/01/2004, p. 15
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