Evento reúne observadores de aves no Parque da Lagoa do Peixe, no RS

G1 - http://g1.globo.com/ - 21/10/2013
Localizado no litoral sul do Rio Grande do Sul, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe será o destino de pesquisadores, observadores de pássaros e amantes da natureza em geral nesta semana. De quinta-feira (24) até domingo (27), a reserva sedia o 10o Festival Brasileiro das Aves Migratórias, um evento tradicional no calendário do município de Tavares.

A programação conta com palestras, mini-cursos e visitas guiadas para a observação de aves, além de apresentações culturais e outras atividades. "O festival tem um cunho científico, cultural e de educação ambiental. Também é um momento de divulgação do parque e do turismo na região", diz o biólogo Hellen José Florez Rocha, responsável pelo local.

Criado em 1986 com os objetivos de proteger os ecossistemas litorâneos da região da lagoa e particularmente as aves migratórias que dela dependem, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe (PNLP) ocupa uma área de 34,4 mil hectares, com cerca de 65 quilômetros de extensão e 6 quilômetros de largura média, abrangendo os municípios de Mostardas e Tavares, entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos.

O local é reconhecido internacionalmente como um santuário para centenas espécies de aves, que chegam em várias épocas do ano vindas de países como Canadá, Estados Unidos, Chile e Argentina em grandes bandos, em busca de abrigo e alimentação. "Algumas dessas aves saem da tundra do Ártico fugindo do inverno com destino à Terra do Fogo e param na Lagoa do Peixe tanto na ida quanto na volta", explica Hellen.

Segundo o biólogo, o parque tem mais de 273 espécies de aves catalogadas. Algumas delas criticamente ameaçadas como o maçarico-de-papo-vermelho, conhecida por migrar enormes distâncias entre os hemisférios sul e norte. "Essa ave chega a percorrer 8 mil quilômetros, voando durante cinco dias ininterruptos. Um dos pontos de parada dela é o Parque da Lagoa do Peixe", conta Hellen.

A área também recebe grandes bandos de batuíras, vira-pedras, trinta-réis, cisnes-de-pescoço-preto, coscorobas e a da ave símbolo do parque, o flamingo. De acordo com o Hellen Rocha, todas essas espécies são atraídas pela grande riqueza da biodiversidade da região. "A Lagoa do Peixe tem ligação com o mar e é extremamente comprida e rasa. A luz bate no fundo dela e isso cria uma biodiversidade muito grande. Esse excesso de vida é que atrai as aves migratórias para a região", diz o biólogo.

O público do festival é formado basicamente por cientistas, pesquisadores, estudantes e observadores de aves, mas também por turistas interessados em outros atrativos da região. Em Mostardas e Tavares, há várias construções e faróis históricos, erguidos no século XIX, por exemplo. Também é possível apreciar a beleza do artesanato local e os sabores da gastronomia típica da região, colonizada por açorianos.



http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/nossa-terra/2013/noticia/2013/10/evento-reune-observadores-de-aves-no-parque-da-lagoa-do-peixe-no-rs.html
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