Nem a constatação de pesquisas, de que é o local com maior biodiversidade da Amazônia, livra o Parque Estadual do Cristalino, localizado na região norte de Mato Grosso, entre as cidades de Alta Floresta e Novo Mundo; de sofrer profunda devastação.
A linha Verde e o número do escritório regional do órgão em Alta Floresta não param de receber denúncias de exploração de madeira na área.
Desde sua criação, em 9 de junho de 2000 a cobiça dos degradadores só cresceu e mais
ainda com sua ampliação em 30 de maio de 2001.
Este final de semana a chefe da regional do Ibama em Alta Floresta, Ana Luísa Mancini da Riva determinou uma operação no local para averiguar as várias denúncias e deter a derrubada ilegal de madeira.
Infelizmente, segundo ela, não foram encontrados infratores, nem madeira ou
máquinas. Mas houve a constatação do crime. Isso porque, a equipe do Ibama, que
foi ao local junto com a polícia federal, encontrou uma enorme clareira junto a
uma estrada que termina à beira do rio Cristalino.
O sumiço dos infratores ela acredita que ocorreu por causa da chuva ou, em última hipótese, que possa ter havido vazamento da informação. O fato é que ficou caracterizado o crime, que
também foi constatado pela equipe da Agência de Notícias Estação Vida no início
da semana passada, quando conseguiram fotografar os infratores em ação.
De agora em diante Ana Luísa, que assumiu o cargo há pouco tempo, avisa que o
Ibama e a PF vão dar vistorias mais vezes no Parque, sempre de helicóptero e
por barco para coibir o crime. "Vamos manter a vigilância para impedir que
o meio ambiente seja explorado mais do que já foi", avisou. Para ajudar no
trabalho a comunidade pode denunciar pelos telefones: 0800-618080 (Linha Verde)
e (0xx66)521-2611 (escritório regional).
Riqueza
O Parque Estadual do Cristalino, que, devido a falta de ação do
governo estadual está sofrendo uma federalização, abriga, segundo estudos
recentes: 515 espécies de aves identificadas, sendo 50 endêmicas, 43 espécies de répteis, 29 anfíbios, 36 de mamíferos e 16 espécies de peixe.
Apesar de possuir uma área relativamente pequena (184.900 hectares) concentra seis
comunidades naturais: floresta de terra firme, floresta estacional, de igapó,
varjões, afloramentos rochosos e o rio Cristalino
(-Estação Vida-Cuiabá-MT-14/10/03)
UC:Parque
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