Começa nesta sexta (3) expedição científica ao Parque Nacional da Serra do Pardo, na Terra do Meio, no Pará. O trabalho em campo, que seguirá até o dia 14, tem o objetivo de reunir dados para o plano de manejo e o ordenamento territorial da unidade. A expedição é organizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o WWF Brasil, em parceria com o Museu Emílio Goeldi. Tem ainda o apoio do Exército.
Durante esses 11 dias, pesquisadores do Museu Emílio Goeldi, das universidades Federais do Pará e de Goiás e do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) coletarão amostras de organismos indicadores de biodiversidade, como anfíbios, répteis, aves, mamíferos, peixes e vegetação. Eles vão adotar a metodologia chamada Avaliação Ecológica Rápida (AER), que possibilita conhecer em curto prazo a presença, a quantidade e a diversidade de espécies no local.
O Parque Nacional da Serra do Pardo é uma unidade de conservação de proteção integral, administrada pelo Instituto Chico Mendes. Ocupa parte do município de Altamira, mas fica mais próximo da sede de São Félix do Xingu. Possui cerca de 445 mil hectares. A região é considerada pelo Programa Nacional de Diversidade Biológica (Pronabio) uma das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade no estado do Pará.
"Esse trabalho de campo é importante para que possamos conhecer melhor a riqueza biológica do parque e, assim, planejar com mais propriedade as futuras ações de preservação, dando efetividade à gestão da unidade", disse o presidente do ICMBio, Rômulo Mello.
LOGÍSTICA - O apoio logístico em campo será prestado por técnicos do Instituto Natureza Amazônica (Inam), com o suporte do ICMBio, que disponibilizará um avião Caravan para o transporte de Altamira ao parque, e do Exército, que mobilizará um helicóptero Cougar para deslocamentos dentro da unidade de conservação. O helicóptero ficará à disposição durante todo o período da expedição para atender eventuais necessidades de resgate.
A equipe da expedição científica sairá da cidade de Altamira às 8h. Serão necessárias duas viagens no Caravan para transportar todo o grupo até a Base Operacional de Pesquisa e Proteção, montada no interior do parque. A base, localizada próxima ao Rio Xingu, será o ponto de chegada e partida e servirá de apoio para a operação.
Além da Base Operacional, haverá três bases de pesquisa no campo. O deslocamento até elas será feito por meio de helicóptero. As bases de pesquisa serão montadas em locais ainda mais remotos, bem preservados, onde a equipe ficará acampada e fará os levantamentos científicos da fauna e da flora do parque.
Cada base terá quatro trilhas, com cerca de cinco quilômetros cada, com diferentes paisagens e vegetação. Essa heterogeneidade de ambientes foi escolhida para diversificar a amostragem dos pesquisadores, que poderão, assim, encontrar o maior número de espécies, inclusive algumas ainda não identificadas pela ciência (novas espécies).
As bases de campo terão energia elétrica via gerador, alojamentos (com armadores de rede para dormir) com capacidade para 50 pessoas, cozinha, área de banho e higiene pessoal (masculino e feminino), laboratório de campo e área para pouso de helicóptero. O tempo de permanência em cada uma delas será de três dias. No quarto, a equipe se deslocará até a próxima base, sempre por meio de helicóptero.
http://www.icmbio.gov.br/noticias/icmbio-e-wwf-brasil-promovem-expedicao-cientifica-a-terra-do-meio
UC:Parque
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Serra do Pardo
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.