Incra reconhece Reservas Extrativistas do Ibama como áreas de assentamento

Ambientebrasil - 04/12/2001
As populações tradicionais de mais duas reservas extrativistas administradas pelo Ibama na Amazônia serão beneficiadas pelas ações do programa nacional de reforma agrária. Nesta terça-feira, o Incra no Estado reconheceu as atividades agrícolas e extrativistas nas reservas Auati-Paraná e Baixo Juruá, como de assentamento agroextrativista. Na primeira reserva vivem 178 famílias e, na segunda, 88. Agora são três os projetos criados em reservas extrativistas por meio de parceria entre o Incra e o Ibama. Há dois anos, outras duas reservas foram reconhecidas pelo Incra no Médio Juruá, no município de Carauari, a 780 quilômetros de Manaus, com 284 famílias. Para que as duas novas áreas fossem reconhecidas, o Incra utilizou o estudo sócio-econômico realizado em 1998 pelo CNPT - Centro Nacional para o Desenvolvimento Sustentado das Populações Tradicionais, do Ibama. Segundo o Ibama, a iniciativa de se criar as duas reservas extrativistas partiu dos próprios moradores das áreas, preocupados com as constantes visitas de pessoas dos grandes centros urbanos para explorar economicamente os recursos naturais da região, especialmente a madeira, o peixe e óleos essenciais. A reserva Auati-Paraná tem 90 mil hectares e as 178 famílias moradoras estão divididas em 17 comunidades. Em Baixo Juruá vivem 11 comunidades em 187.962 hectares. A principal fonte de renda das comunidades está na produção extrativista vegetal, em que se destaca a borracha, a madeira e a castanha. Os moradores cultivam banana, mandioca e milho, além da produção de farinha de madioca. A partir da assinatura dos convênios com o Ibama, a superintendência do Incra vai tornar disponíveis os recursos orçamentários para implantar obras de infra-estrutura nas comunidades e conceder os créditos de implantação para as famílias

(-Ambiente Brasil-4/12/01)
UC:Reserva Extrativista

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