Jornalista mobiliza 23 mil pessoas para salvar reserva biológica no Rio de Janeiro

Catraca Livre - https://catracalivre.com.br - 27/10/2015
As obras do Arco Metropolitano, estrada feita para desafogar o tráfego na região metropolitana do Rio de Janeiro, colocaram em risco a Reserva Biológica do Tinguá. O consórcio de empresas responsável pela construção propôs alterar a categoria de conservação da área e transformá-la em parque nacional.

Com esta mudança, o Tinguá passaria a receber turistas e, assim, ficaria menos protegido. O jornalista Ricardo Portugal, que desde a década de 1980 acompanha a reserva, criou uma petição no site Change.org e conseguiu mais de 23 mil assinaturas. O Ministério do Meio Ambiente, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, respondeu o abaixo-assinado descartando a mudança da categoria de proteção do Tinguá.

"A mobilização superou as expectativas. As pessoas compreenderam o risco da mudança de classificação da reserva do Tingua, que não é um tema simples. Sabíamos que havia a intenção de mudar, às vezes velada e outras vezes bem explícita. As pessoas se movimentaram e foi uma grata surpresa", comemora Portugal.

O impacto na preservação da Mata Atlância e no manancial, cuja bacia é contribuinte do rio Guandu que abastece a região metropolitana, seria forte. De acordo com o jornalista, o local não atende às características para a prática de ecoturismo, por ser uma área de segurança hídrica, com a presença de represas e aquedutos de captação da empresa estadual de saneamento básico. Desde a época do Império, com obras construídas pelo engenheiro Paulo de Frontin, o Tinguá abastece o Rio de Janeiro.



https://catracalivre.com.br/geral/sustentavel/indicacao/jornalista-mobiliza-23-mil-pessoas-para-salvar-reserva-biologica-no-rio-de-janeiro/
Movimento Socioambiental

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Tinguá
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.