O estrago provocado pelas queimadas neste ano pode ser maior do que em 2007, quando foi registrado o maior número de incêndios dos últimos cinco anos. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a situação mais crítica ocorre no Tocantins, onde o fogo destruiu 216 mil hectares do Parque Nacional do Araguaia. Também é preocupante a situação no sul do Pará e em Rondônia.
"As condições climáticas estão atípicas. Em 2007, houve mais focos de incêndio, mas em 2010 a destruição pode ser bem maior, porque o fogo está se espalhando rápido", afirmou o coordenador das unidades de conservação nacional do ICMBio, Paulo Carneiro.
O fogo atinge ainda o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, no Tocantins, a maior reserva de cerrado no País segundo o ICMBio. Para Carneiro, a ação criminosa explica a maioria das queimadas, provocadas para a expansão da agropecuária. Até agosto de 2007, foram registrados 59.915 mil focos. Em 2010, até agosto, foram 37.788, a maioria em Mato Grosso (3.953), Pará (2.607) e Tocantins (1.133).
A seca traz consequências à saúde de moradores de São Paulo. A estiagem provocou aumento de 60% no atendimento de crianças com problemas respiratórios, tosses e diarreias na Unidade de Saúde Central, em Ribeirão.
A umidade relativa do ar caiu para 7% em Brasília às 15 horas de ontem na região do Aeroporto Juscelino Kubitschek. Caracteriza estado de emergência, segundo a Organização Mundial de Saúde - o mínimo aceitável é 30%. Se até 4 de setembro não chover, a cidade completará 100 dias de seca. Em Curitiba, a umidade chegou a 23,3% às 15 horas de ontem.
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Florestas:Queimadas
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