Ibama - www.ibama.gov.br - 28/09/2009
Cerca de 30 estudantes de jornalismo de Pernambuco, do Ceará e do Piauí encerraram sábado (26/09) um "laboratório ambiental" direcionado para a temática de conservação da Floresta Nacional do Araripe. Durante quatro dias os jovens conheceram aspectos da realidade socioambiental da caatinga através de palestras, discussões e de visitas em campo nos municípios cearenses de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. A organização do evento, promovido pela Fundação Konrad Adenauer e a Universidade Federal do Ceará, irá premiar e publicar as melhores reportagens produzidas pelos estudantes. As palestras técnicas e as visitas em campo foram conduzidas por analistas ambientais do Ibama e do ICMBio. Jornalistas profissionais de Pernambuco e do Ceará também participaram das apresentações.
Segundo o assessor técnico do Projeto Conservação e Uso Sustentável da Caatinga, do Ibama/MMA, Francisco Campello, um dos objetivos do laboratório foi mostrar aos futuros jornalistas que o uso equilibrado dos recursos da caatinga possibilita, além da manutenção da economia e a sobrevivência das populações do semiárido, a própria conservação do bioma. "Planos de manejo florestal bem executados em áreas de caatinga asseguram sua regeneração, garantindo renda para o trabalhador rural e sua fixação no campo". Para ele, diferentemente da agricultura e da pecuária, que removem definitivamente a cobertura vegetal, os planos de manejo garantem a recomposição da flora e a manutenção da fauna, permitindo a conservação dos ecossistemas e a continuidade dos serviços ambientais prestados pelo bioma.
Aluna da Universidade Federal do Ceará, Lívia Rosas considerou as experiências do laboratório como excelente oportunidade para a formação de um jornalista. "Ajudou a melhorar meu olhar sobre o meio ambiente", afirma. Ela reconhece que as questões ambientais são bastante complexas, pois envolvem também as necessidades das populações locais. Júlia Arraes, aluna da UFPE, concorda. "Foi incrível", comemora. "Saímos de nossa realidade para conversar com profissionais de jornalismo, da área ambiental, empresários e a população das comunidades tradicionais". Sobre a importância da experiência para seu futuro como jornalista ela não tem dúvidas: "Estarei menos ingênua", finaliza.
UC:Floresta
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