A reunião de ontem na sede da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), com representantes do escritório regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, traz à tona o assunto da polêmica criação do Parque Nacional dos Campos Gerais, ocorrido em 2006, e que tem uma área de aproximadamente 21,5 mil hectares, com abrangência sobre os municípios de Ponta Grossa, Carambeí e Castro.
A criação do parque abre um leque de descontentamento entre os donos de propriedades rurais. Há, sim, uma medição de força. O governo federal considera importante a preservação do local, tanto que a transformou em unidade de conservação. Os proprietários das terras, entretanto, ficam limitados, não podendo desenvolver projetos ou atividades para exploração comercial.
O assunto vai render muitas discussões, exigindo da sociedade um amplo debate. É oportuno ressaltar que a maioria dos atrativos turísticos em Ponta Grossa, como o Rio São Jorge, a Cachoeira da Mariquinha e as Furnas estão situadas dentro da área da Unidade de Conservação, sendo necessária a execução de medidas que garantam que as atividades de visitação não gerem impacto ambiental, ameaçando a conservação destes espaços.O Parque Nacional foi estabelecido justamente com a finalidade de garantir a preservação dos remanescentes de matas de araucárias e campos nativos.
Se por um lado existe a preocupação do governo federal em relação à preservação da biodiversidade das áreas que ficam na área de domínio do Parque Nacional, o bom senso recomenda que esses locais não sejam fechados à visitação pública. Assim, é salutar que sejam realizadas reuniões com os donos dessas áreas com quem deverão ser firmadas parcerias. Tem outra questão: como o Parque foi delimitado em cima de áreas particulares, estas terras de uso público deverão ser desapropriadas pela União. O embate, então, será acirrado.
http://www.jmnews.com.br/noticias/espaco%20publico/42,11872,16,08,o-parque-nacional-volta-a-ser-discutido.shtml
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