Obras do Linhão do Marajó seguem em ritmo acelerado e com licença ambiental

Agência de Notícias/PA - http://agenciapara.com.br - 11/06/2010
As obras do Linhão do Marajó estão adiantadas. Em quatro meses, os primeiros municípios do arquipélago, Portel, Breves e Bagre, começam a receber a energia elétrica firme da hidrelétrica de Tucuruí, segundo o coordenador da obra, engenheiro Romel Guerrero. A faixa de servidão que está sendo aberta na mata para receber a linha de transmissão, conforme autorizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, já chega a 90 quilômetros do total de 150 quilômetros de extensão com 30 metros de largura previstos.

As torres já estão sendo implantadas e, na próxima terça-feira (15) inicia a colocação dos cabos que vão interligar Portel até a localidade de Parada do Bento, em Oeiras do Pará, e também a Breves ao Sistema Nacional de Energia Elétrica, conforme o engenheiro. Hoje, apenas parte da população tem acesso a energia por usinas termelétricas, que não garantem a estabilidade do sistema, causando prejuízos com o dano de eletrodomésticos e empacando o desenvolvimento.

As árvores que estão sendo suprimidas pela obra vão se transformar em escolas, pontes, trapiches, postos de saúde e casas populares, garantiu o presidente da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam) e prefeito de Portel, Pedro Barbosa, durante a assinatura do Termo de Cooperação Técnica que formaliza a doação da madeira, nesta sexta-feira (11), no Centro Integrado de Governo (CIG). Em três meses será concluída a retirada do equivalente a 690 hectares de vegetação.

Barbosa contou que a população marajoara está comovida com a chegada da luz. "Quando vi a torre (de transmissão de energia) sendo fincada em Portel, fiquei emocionado e o deputado Miriquinho (Batista) até chorou", disse, na presença do parlamentar estadual, que confirmou o relato. "Tem gente que chora de felicidade, como se tivesse nascido uma pessoa da família", acrescentou o prefeito. Barbosa agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ter tido a "coragem" de levar a energia ao Marajó diante da inviabilidade econômica do projeto, e também à governadora Ana Júlia Carepa, que intercedeu junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a concessão do financiamento à Celpa.

O secretário adjunto de Integração Regional, César Queiroz, que representou o Estado na assinatura do termo de cooperação, ao lado do secretário adjunto de Meio Ambiente, Cláudio Cunha, narrou a emoção de estar fazendo parte das mudanças no Marajó. Ele é natural de Breves, onde viveu como ribeirinho até os 12 anos, à beira do rio Jacarezinho, sob a luz da lamparina.

Também participaram da assinatura o vice-presidente executivo da Celpa e do Grupo Rede, Flávio Decat; o superintendente do Patrimônio da União no Estado, Lélio da Silva; e o coordenador-geral de Planejamento e Gestão Territorial do Ministério da Integração Nacional, Júlio Miragaya.

O Linhão do Marajó tem um custo de R$ 473 milhões e a construção foi iniciada há nove meses. Serão beneficiados 450 mil habitantes de 15 municípios em duas etapas de obras, com duração de 18 meses cada uma. Na primeira etapa, a energia será levada de Cametá para a localidade de Parada do Bento e de lá para Portel, Breves e Bagre, além de Melgaço e Curralinho que serão contemplados no início de 2011. Na segunda fase, a energia firme vai chegar a Anajás, Afuá, Chaves, Cahoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, Soure, Ponta de Pedras, Muaná e São Sebastião da Boa Vista.

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