Ocupação humana gera estado de alerta sobre manguezais no Pará

Ambiente Brasil - www.ambientebrasil.com.br - 24/06/2008
O desmatamento do mangue pela ocupação humana é o impacto mais expressivo no município de Curuçá, no nordeste do Pará. O estudo foi desenvolvido no âmbito do Projeto Renas, do Museu Paraense Emílio Goeldi, pela bolsista de iniciação científica Gláucia Cristina Souza Ferreira. Ela passou um ano investigando as principais ações de degradação ambiental causadas pela ação humana na Reserva Extrativista Marinha Mãe Grande, localizada no município.

A construção de casas próximas ou em áreas protegidas de mangue, a retirada de madeira de lei para produção de carvão, a captura de caranguejos por método predatório e a destinação inadequada do lixo produzido pela população são algumas das principais causas da degradação ambiental da Resex, com 37 mil hectares que abrigam manguezais.

O aterramento de manguezais para a construção de casas também é uma prática freqüente em outro importante centro pesqueiro do estado: o município de Vigia, localizado na zona do Salgado, nordeste paraense.

De acordo com o estudo realizado pela também bolsista de iniciação científica do Renas, Regiane Monteiro Alves, que identificou as principais situações de conflitos da pesca artesanal em Vigia, o aterramento dos manguezais para construção de residências é uma ação que gera tensões e conflitos no município. Devido à questão de roubo e pirataria, o pescador prefere ficar próximo do local e de seus apetrechos de trabalho, relata.

Os estudos foram orientados pela pesquisadora do Museu Goeldi Lourdes Furtado, coordenadora do Projeto Renas, que promove pesquisas sobre os processos e práticas relacionadas às populações pesqueiras e ribeirinhas da Amazônia. As duas pesquisas serão apresentadas no próximo dia 3, durante o XVI Seminário de Iniciação Científica do Museu Goeldi (clique aqui para maiores informações).

UC:Reserva Extrativista

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