Fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram na semana passada operação no extremo Norte da Reserva Biológica (Rebio) de Santa Isabel, no estuário do Rio São Francisco, em Sergipe, para retirar invasões.
Na Rebio, havia barracos feitos de palhas de coqueiro, habitados por famílias que sobreviviam da pesca. Por se tratar de unidade de conservação, o local não dispunha de energia elétrica ou qualquer infraestrutura urbana. As crianças, mesmo em idade escolar, não frequentavam colégio.
Mais de 70 barracos foram incinerados. Os fiscais decidiram manter em pé apenas as palhoças que abrigam famílias com crianças. Mesmo assim, os moradores receberam um prazo para desocupar a área, que, por lei, não pode ser habitada e deve servir unicamente para a pesquisa e educação ambientais.
Antes de deflagrar a operação, que ocorreu no dia 5, a equipe da Rebio realizou reuniões com os invasores para explicar por que eles não poderiam permanecer no local e para buscar, em conjunto com outros parceiros institucionais, uma alternativa de renda para todos. A região tem o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo do Estado.
Além do ICMBio, partiparam da operação o Ibama, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Gerência Regional do Patrimônio da União, a Advocacia Geral da União, o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre, a Promotoria Pública do Estado, o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente e a Polícia Ambiental Militar.
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