O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma operação de remoção de lixo e entulhos na Floresta Nacional (Flona) da Restinga de Cabedelo (PB), em parceria com a prefeitura da cidade, integrante da região metropolitana de João Pessoa, capital da Paraíba. As ações se concentraram no limite sul da unidade de conservação (UC), onde havia um aglomerado de habitações populares conhecido como Rabo da Gata.
"Essas moradias foram construídas ao longo de muitos anos entre a floresta nacional e o bairro Renascer III e invadiu parte da unidade. O problema foi formalizado para a prefeitura de Cabedelo e iniciou-se um processo de articulação com o município sobre a necessidade de uma intervenção imediata", relata o chefe da UC, Fabiano Gumier Costa.
Segundo ele, "a situação se tornou ainda mais urgente e estratégica, pois a prefeitura já tinha removido boa parte dessas habitações irregulares no final de 2012, deixando para trás grande volume de resíduos que obstruíam a via pública entre a Flona e o bairro Renascer III, mas estes materiais passaram a ser utilizados para a construção de novas casas, e havia o risco de surgir uma nova favela com os resíduos deixados pela anterior".
Além dos resíduos de madeira, esta região da unidade de conservação estava poluída com lixo doméstico, lixo eletrônico e materiais de construção. Ao longo dos seis dias de operação, foram retirados 22 caminhões de lixo e entulhos diversos, totalizando 198 toneladas de resíduos.A ação foi coordenada por servidores do ICMBio, além do secretário de Meio Ambiente de Cabedelo, Walber Farias e o assessor especial da prefeitura do município, Antônio Manoel, responsável pela limpeza urbana.
Ocupações irregulares
De acordo com o chefe da FLONA da Restinga de Cabedelo, medidas de longo prazo estão sendo elaboradas com a prefeitura da cidade para resolver o problema da ocupação irregular na lateral sul da UC, tanto através da abertura e pavimentação da rua na divisa com o bairro Renascer III, como também da retirada das últimas moradias que a estão obstruindo, além da construção de um novo muro e calçada ao longo da divisa da unidade de conservação, já que o antigo muro foi ilegalmente derrubado para a construção das habitações.
"Com relação às invasões no interior da FLONA, existem doze processos instaurados no ICMBio que estão na Coordenação Geral de Consolidação Territorial aguardando pareceres e encaminhamentos. É destas ocupações que provém todo o lixo jogado na unidade e somente após a solução deste problema fundiário é que será possível restabelecer os limites da UC e reduzir a alta degradação ambiental que existe na área. Esperamos dar continuidade ao processo de remoção do lixo nesta semana, tendo como expectativa que o volume total retirado da FLONA ultrapasse 30 caminhões, ou seja, mais de 270 toneladas de resíduos", completou o chefe da unidade.
http://www.icmbio.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=4051&Itemid=172
UC:Floresta
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