Parceria entre ICMBio e SOS Mata Atlântica vai investir R$ 200 mil em unidades de conservação no Rio

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 22/05/2009
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a SOS Mata Atlântica assinaram no dia 13 passado Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento da Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim e da Estação Ecológica (Esec) Guanabara, no Rio de Janeiro, nos mesmos moldes do Termo que beneficia o Atol das Rocas. Só para este ano, são previstos investimentos da ordem de R$ 200 mil.

A parceria cria o Fundo Guanabara, que irá arrecadar recursos para a gestão da APA Guapimirim e da Esec Guanabara. A idéia é transformar as duas unidades em referência de conservação de manguezais por meio do apoio à pesquisa, ao ecoturismo, à educação ambiental e capitação da comunidade que vive na região da APA.

A APA Guapimirim e a Esec Guanabara estão situadas no fundo da Baía da Guanabara, constituindo o último remanescente de manguezais da região metropolitana do Rio de Janeiro. Abrigam várias espécies de fauna e flora, algumas em extinção.

Localizadas na parte mais à jusante (para o lado da foz) dos rios que nascem nas serras fluminenses, as unidades são berçários de inúmeras espécies de peixes e crustáceos que contribuem para a renda de famílias de pescadores.

Os cerca de R$ 200 mil previstos para serem arrecadados este ano serão aplicados em 13 projetos de estruturação da sede, de educação ambiental e de apoio à pesquisa. Entre as atividades listadas estão a realização do 1o Encontro de pesquisadores da APA/Esex, a criação do Cine Ambiental para a comunidade, a Expedição Guanabara, a aquisição de equipamentos e a reforma do bosque interpretativo para aulas de educação ambiental.

O analista ambiental Felipe Franco Sardella diz que, com a realização do 1o Encontro de Pesquisadores da APA/Esec, será possível avaliar o que está sendo estudado na Apa e na Esec e produzir novas linhas de pesquisa. "Ou seja, trazer ainda mais a Universidade para dentro das unidades de conservação", afirma Sardella.

Segundo ele, com a criação do Cine Ambiental, "vamos trazer as comunidades que vivem diretamente do manguezal para dentro da APA". Isso será feito pela promoção da educação ambiental, que aumenta a capacidade crítica e melhora o conhecimento das regras de uso da Apa e Esec e a importância das mesmas na reprodução de peixes e crustáceos, base de renda dessas famílias.

Sardella afirmou ainda que a reforma da sede trará maior segurança dos bens patrimoniais, que sofrem constantes perdas de equipamentos em função de raios na região. Ele explicou também que, com o plantio do bosque interpretativo para aulas de educação ambiental, a APA poderá receber um maior número de escolas e oferecer vivência no mangue aos alunos.
UC:Geral

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