O Globo Online - www.oglobo.globo.com - 14/06/2008
A Polícia Federal do Rio identificou uma rede formada por cerca de cem pessoas atuando na Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, a 70km do Centro do Rio. O bando atua de forma extremamente predatória, na caça, no tráfico de animais silvestres, na extração de palmito, no corte de madeira e em grilagem de terras. Até mesmo areia tem sido retirada ilegalmente da reserva. É o que mostra reportagem de Antônio Werneck, publicada neste domingo no jornal O Globo.
O mapeamento da PF revela que o grupo investigado está dividido em três quadrilhas bem estruturadas, com ramificações em pelo menos seis municípios do Rio. A mais importante delas segue uma cadeia que tem numa ponta o caçador artesanal e na outra, pessoas acima de qualquer suspeita, que pagam caro para degustar carnes exóticas de animais abatidos.
A presença da PF no Tinguá tem sido tão intensa que o superintendente do Rio, Valdinho Caetano, decidiu ocupar fisicamente a floresta. Até julho está prevista a inauguração de um núcleo dentro da reserva, uma extensão da Delemaph, para servir de braço no combate aos crimes ambientais. Uma equipe formada por agentes e delegados dará plantão 24 horas por dia.
Em um ano de ações dentro da reserva, a PF instaurou mais de 140 inquéritos, prendeu aproximadamente 35 pessoas e apreendeu mais de 80 armas.
UC:Reserva Biológica
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