Presidente da ALE quer anunciar em breve ação contra Floresta Nacional

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR - 22/02/2005
Na avaliação da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), a criação da Floresta Nacional do Anauá se constitui em obstáculo ao desenvolvimento econômico da região sul do Estado. Tanto é assim que o presidente da Casa, Mecias de Jesus (PL), acionou a Assessoria Jurídica da ALE no sentido de que impetre uma Ação Judicial para tentar impedir o que entender ser mais um avanço do Governo Federal sobre as terras do Estado.
"O Governo Federal nunca repassou as terras que por direito pertencem ao Estado de Roraima. Agora, aproveita estas medidas para convencer a comunidade internacional imobilizando as nossas terras sob o argumento da preservação ambiental. Só quem não conhece o Estado é capaz de dizer que Roraima não preserva seus recursos naturais. Isso é um absurdo. Tanto os dirigentes dos nossos poderes constituídos quanto o nosso povo têm dado demonstrações práticas de como conter a devastação do meio ambiente", declarou Mecias de Jesus.
Na avaliação do presidente da ALE, a situação enfrentada por produtores rurais da região sul do Estado chega a ser dramática. Lembra que em Roraima nunca se ouviu falar de crises pela disputa de terras. Com dificuldade os governantes têm mantido a paz em todas as regiões, assentando colonos e evitando tensões que em vários outros estados tornaram-se caso de polícia.
"No entanto, o Governo Federal parece estar forçando a criação de outra área de conflito no país. Dá para suspeitar que o Governo Federal quer dar motivos para o enfrentamento armado entre o povo humilde deste país. Desta forma, poderia dizer claramente que não quer ninguém na Amazônia porque ela será transformada em nação indígena. Basta ver que as pressões iniciaram ao Norte de Roraima e hoje estão no sul do Estado", disse.
O presidente do Legislativo Estadual recordou que muita gente se deslocou para o sul, onde não havia reservas indígenas transformando aquela área na região mais promissora do Estado, na agricultura ou na pecuária. "Estas reservas empurram os produtores para os núcleos urbanos onde aumentam as demandas por serviços públicos e suas famílias ficam como presas fáceis da prostituição, da delinqüência e por aí afora".
Conforme o presidente, a ALE também vai intentar medidas judiciais contra a reserva indígena Trombetas/Mapuera. "Acionamos a Procuradoria Jurídica para questionar judicialmente essa demarcação que inicialmente restringia-se ao Estado do Pará e agora chega aos arredores das sedes dos municípios de Caroebe e de São João da Baliza. Em breve quero anunciar o ajuizamento destas ações", declarou Mecias de Jesus. (C.P)
(-Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR-22/02/05)

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