Professores de quatro bairros são educadores ambientais do Peut

SEMA/PA - www.sectam.pa.gov.br - 03/05/2010
Proteção e manutenção da diversidade biológica e dos recursos naturais, a importância dos lagos Bolonha e Água Preta e a identificação de diversas formas de poluição estiveram em pauta no I Curso de Capacitação e Formação de Educadores Ambientais do Parque Estadual do Utinga (Peut), promovido pela Diretoria de Áreas Protegidas (Diap), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), no Gold Mar Hotel, na sexta-feira, 30.

Destinado a professores da rede pública estadual e municipal, o curso reuniu 27 escolas públicas localizadas nos bairros Curió-Utinga, Souza, Castanheira, Guanabara e Águas Lindas. Os professores foram o público alvo do evento por serem formadores de opinião e multiplicadores de conhecimentos na sociedade.

O gerente do Peut, Maurício Pascoal, lembrou aos participantes que o Parque é uma área de utilização de recursos de forma restrita, mas se houver respeito às leis ambientais, propicia o desenvolvimento de atividades culturais, educativas e recreativas para a comunidade. A Sema sempre organiza caminhadas ecológicas no Parque, para aproximar a comunidade da natureza. "Vocês são porta-vozes nas salas de aula podem explicar aos alunos que além do Bosque [Rodrigues Alves] e do Museu [Emílio Goeldi] existe outra área de preservação dentro de Belém", declarou.

Valdemar Viana, biólogo da Sema, , explicou que o Parque Estadual do Utinga é uma unidade de proteção integral dentro de uma unidade sustentável e faz parte da chamada APA-Belém, uma área que se estende do campus da Universidade Federal do Pará (UFPa) até o igarapé do Uriboca, em Marituba. "Nessas áreas é permitido o uso indireto dos recursos e a coleta de material só pode ser feita por pesquisadores", declarou.

A Constituição Estadual do Pará foi citada durante o curso para esclarecer que compete ao Estado criar unidades de conservação da natureza, de acordo com as diversas categorias de manejo. Também foi explicado que o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc) regulamenta as unidades de conservação.

Pedagoga da Diretoria de Recursos Hídricos (Direh), Lucyana Batista explicou a política estadual de recursos hídricos, a outorga dos direitos de uso desses recursos e os usos múltiplos da água. Deu ênfase à importância dos lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis por parte do abastecimento de água da Grande Belém. "Eles são os lagos mais importantes da região, pois fornecem água para 75% da população local", conclui.

Outros temas apresentados, poluição urbana e até natural, atraíram a atenção dos participantes. Na ocasião, foi demonstrada a necessidade do Peut fazer o controle da proliferação das macrófitas aquáticas nos lagos, que, por se multiplicarem rapidamente, são consideradas daninhas.

Pesquisador dos mananciais do Utinga, o professor da Universidade Federal do Pará (UFPa), Carlos Bordalo, explicou os principais focos de contaminação, principalmente os que decorrem do crescimento da cidade. Enfatizou que os lagos Bolonha e Água Preta recebem contribuição de água do rio Guamá para manter os níveis. "A população joga lixo doméstico e industrial na drenagem urbana, que é conduzida para a baía do Guajará e para o rio Guamá. Isso pode comprometer a qualidade de água de nossos mananciais", preocupa-se.
Waldeli Mesquita, especialista em Gestão Ambiental, da Sema, executou dinâmicas lúdicas com os temas das palestras com a intenção de serem reproduzidas com os alunos nas escolas.

O próximo módulo do curso acontecerá no dia 6 de maio, no Gold Mar Hotel, e no dia seguinte (7), no Parque Estadual do Utinga.


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