Projeto com comunidades extrativistas do Amapá gera compensação ambiental

Inteligemcia - http://www.inteligemcia.com.br - 29/11/2011
Comunidades tradicionais da Reserva Extrativista do Rio Cajari (Resex), no Amapá, participam do Projeto Carbono Cajari, iniciativa que envolve 1.380 pessoas, em 13 comunidades e 300 castanhais. Patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental, o projeto receberá R$ 3,7 milhões para combater o aquecimento global e a emissão de gases poluentes através de compensação ambiental por meio de empresas de médio e grande porte.

"Hoje já somos capazes de capturar carbono e transformá-lo em benefício para todo mundo. Isso é uma valorização do ativo florestal", explica a diretora do IEF (Instituto Estadual de Florestas do Amapá), Ana Euler. O IEF é um órgão vinculado ao governo do Estado e será responsável pelo mapeamento dos castanhais nas 13 comunidades, que se encontram nos municípios de Laranjal do Jari, Vitória do Jarí e Mazagão. O trabalho de campo começa em dezembro, com a participação de 20 alunos de escolas e universidades do Estado.

Os recursos da Petrobras também serão utilizados para a compra de maquinário e equipamentos, conserto de máquinas e a construção de fábricas de beneficiamento da castanha. O extrativista Joaquim Belo, coordenador do projeto, afirma que isso ampliará a infraestrutura de quem trabalha na região. "Vai aumentar a produção e melhorar o armazenamento. Além disso, vamos manter a floresta no lugar e evitar que ela se transforme em uma roça, contribuindo para a qualidade de vida no planeta", destaca Belo.

O Projeto Carbono Cajari foi dividido em cinco Núcleos Comunitários de Referência (NCR), que incluem o mapeamento dos castanhais para quantificação da produção e do potencial de emissões evitadas; fixação de carbono através da expansão da população de castanheiras nas áreas de roçado; melhoria da infraestrutura e processo de coleta, armazenamento, beneficiamento e transporte da produção; capacitação ambiental, produtiva e gerencial e capacitação e treinamento gerencial administrativo-financeiro.

A expectativa é que o projeto se consolide entre as comunidades e tenha impactos positivos ao longo dos anos para os castanhais, que são atualmente a principal fonte de geração de renda para toda a região. Segundo o pesquisador da Embrapa Amapá, Marcelino Guedes, as informações geradas por pesquisas inseridas na realidade local, que são realizadas na região desde 2005, foram muito importantes para a elaboração e a aprovação de projeto.

A consciência da necessidade de ações para diminuir os gases do efeito estufa foi estabelecida em 1997 entre os países que firmaram um acordo assinado no Japão, conhecido como Protocolo de Kyoto. A partir dele foi proposta a possibilidade de compensar financeiramente iniciativas que contribuíssem para a diminuição da poluição do ar.



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UC:Reserva Extrativista

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