Redução de APA causa reação na sociedade

Jornal do Tocantins-Palmas-TO - 08/04/2005
Cantão - ONGs e lideranças indígenas se manifestam contra a medida; Conselho da OAB-TO se posicionará hoje
Mesmo depois da lei que prevê a redução da Área de Proteção Ambiental (APA) Cantão/Ilha do Bananal estar sancionada pelo governador Marcelo Miranda, entidades ambientalistas e lideranças indígenas divulgaram documentos condenando a medida. O caso está na Justiça Federal. A juíza Denise Drumond pode se manifestar a qualquer momento sobre a liminar pedida em ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na semana passada.
Ontem, a Associação Tocantins de Preservação Ambiental e Valorização da Vida (Ecoterra) divulgou nota de repúdio, durante o I Fórum social Indígena do Tocantins - Construindo Políticas Públicas para os Povos Indígenas. A Organização Não-Governamental (ONG) condena o corte de 89% da área da APA - de 1,7 milhão de hectares (ha) para 185,5 mil ha -, alegando prejuízo à rica biodiversidade da região. O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (DCE/UFT) também elaborou um documento, assinado por participantes do evento, criticando a medida.
Hoje, o Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP) e lideranças indígenas encaminham ao Governador, à Assembléia Legislativa e à procuradoria de Justiça do Estado ofícios afirmando que a redução seria "insuportável", prevendo um grande impacto ambiental da área e questionando as razões efetivas da diminuição da APA: "Grandes pecuaristas? Grandes empresários do agronegócio?", provocam. A acusação é que não foi feito estudo desses impactos antes de se tomar a decisão. Através do ofício serão cobrados documentos que sustentem a legalidade do supressão.
[continua]
UC:APA

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