Seminário apresenta estudos sobre o pato mergulhão no Jalapão

Naturantins - http://naturatins.to.gov.br - 18/10/2012
O PEJ - Parque Estadual do Jalapão realizou, nesta terça-feira, 16 um seminário para receber o relatório do projeto realizado pela ONG - Organização Não Governamental Iecos Brasil - Instituto Ecos do Cerrado, que realizou os estudos sobre a Distribuição e Conservação do Pato Mergulhão (Mergus Octosetaceus) no Jalapão, entre os anos de 2011 e 2012, em parceria com o Naturatins - Instituto Natureza do Tocantins, com apoio do ICMbio - Insitituto Chico Mendes da Biodiversidade, para a realização da pesquisa e observação do pato nas áreas do PEJ e da Estação Ecológica de Serra Geral.

O seminário contou com a participação de técnicos do PEJ e Naturatins, do superintendente do Ibama, Joaquim Henrique Montelo Moura, e da consultora da GIZ - Cooperação Técnica Alemã, Cassiana Moreira, que foram convidados para a abertura do evento pela pesquisadora Marissônia Lopes de Almeida, responsável pelo projeto.

Durante a apresentação dos resultados a pesquisadora explicou as condições que foram enfrentadas e toda a metodologia de estudo para identificar os hábitos do pato mergulhão, e assim, poder determinar os efeitos do uso dos rios nos quais eles vivem para a prática do turismo, já que essa espécie não é migratória, ou seja, vive toda a sua vida e promove sua reprodução sempre no mesmo território.

De acordo com a apresentação os fatores identificados para a conservação desta espécie tão ameaçada são a boa qualidade da água, a preservação da mata ciliar, a preservação do estoque pesqueiro e principalmente a conservação do fluxo hidrológico para formar as corredeiras durante o período de reprodução do pato mergulhão.

Foi destacada pela a pesquisadora a importância de se conservar o habitat do animal, por ele ser uma espécie extremamente ameaçada de extinção. "Hoje temos identificados um total de 250 indivíduos relatados, principalmente na Serra da Canastra e no Parque Estadual do Jalapão, o que torna os locais onde já foram observados famílias do pato mergulhão no PEJ tão importantes para a preservação desta espécie", ressaltou.

Ainda durante o seminário, o turismólogo da ONG, Erick Santos, apresentou a pesquisa realizada pela professora da UFT - Universidade Federal do Tocantins sobre a visão, as impressões e a percepção que a população ribeirinha, moradores do entorno, os turistas e técnicos do PEJ que vêem e convivem com o pato mergulhão. Conforme a pesquisa, ficou evidente o grande interesse e apreço que todos possuem por essa espécie tão rara.

Para o superintendente do Ibama, Joaquim Henrique, esse projeto vem mostrar para o Brasil e o mundo os esforços para manter viva essa espécie tão delicada, como também as dificuldades enfrentadas pelas instituições de pesquisa e as Unidades de Conservação para preservar essa espécie e o meio ambiente.

A técnica do PEJ Rejane Ferreira Nunes enfatizou a colaboração para que um projeto tão singular pudesse se realizar com sucesso e pudesse trazer resultados significativos para a conservação do rico habitat do Jalapão, que atrai os olhos do mundo para as belezas e seus encantos naturais e agora, mais ainda, para a preservação do ambiente do pato mergulhão.

Pato mergulhão

O pato mergulhão é uma espécie piscívora (alimenta-se de pequenos peixes, principalmente lambaris) que ocorre em baixa densidade populacional e habita somente rios de águas límpidas, com corredeiras e envolvidos por matas ciliares. A espécie é monogâmica, ou seja, quando se formam, os casais permanecem o resto da vida juntos. É uma das espécies mais ameaçadas das Américas, sendo classificada como criticamente em perigo de extinção, tanto na lista de espécies ameaçadas do Ibama quanto na lista vermelha da IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.



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