Técnicos fazem trabalho de prevenção em aves migratórias que ocorrem no Taim

Jornal Agora - www.jornalagora.com.br - 01/07/2008
Uma equipe composta de nove técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, do Centro Nacional de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (Cemave) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e do Ibama iniciaram ontem uma ação de monitoramento e diagnóstico de zoonoses em aves migratórias que ocorrem na Estação Ecológica (Esec) do Taim. A intenção é realizar um censo das aves migratórias e coleta de material para diagnóstico de possíveis doenças que podem, inclusive, ameaçar a saúde humana, como a influenza aviária.
A intenção inicial era fazer esse trabalho na área da Esec do Taim, mas como na unidade de conservação não havia aves em quantidade suficiente, os técnicos se instalaram na Granja Mirim, em Santa Vitória do Palmar, a 40 quilômetros da estação. Conforme explicou Scherezino Barbosa Scherer, do Ibama, neste local são monitoradas as mesmas aves que ocorrem na Esec/Taim que, no momento, não estão lá porque elas ficam se movimentando. O grupo de técnicos ficará no local até o próximo dia 9.
Eles utilizam oito armadilhas, que são como um labirinto, para capturar as aves. Depois tiram elas das armadilhas, medem, identificam a espécie, se é macho ou fêmea e fazem coleta de sangue para verificar se estão contaminadas. Após a verificação, as aves avaliadas são liberadas. O trabalho abrangerá de 300 a 800 aves, dependendo da quantidade que for possível capturar. O alvo do monitoramento são patos e marrecos, entre os quais se incluem os cisnes-de-pescoço-preto, os frangos d'água e as marrecas caneleira, piadeira, parda e pardinha, entre outras.
Esse trabalho é desenvolvido desde 2003 na Parque Nacional da Lagoa do Peixe e também está sendo realizado no Taim desde 2007. Conforme a médica veterinária Adriana Reckziegel, da Secretaria da Agricultura, o monitoramento serve para impedir a entrada desses vírus no Estado, por meio de ações imediatas no caso de um diagnóstico positivo. Ela explica que muitos marrecos e outras aves similares carregam o vírus da influenza aviária sem adoecer e podem acabar contaminando galinhas.
Adriana observa que essa é a época ideal para iniciar a ação na região do Taim, pois é quando as aves migram da Patagônia. Já na Lagoa do Peixe, o monitoramento é realizado mais tarde - em outubro, período de migração dos animais do hemisfério norte-americano.
UC:Estação Ecológica

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