OESP, Vida, p. A22 - 17/07/2011
Vagas serão criadas, diz órgão responsável
Afra Balazina
O baixo número de servidores em 34% das unidades de conservação federais não significa que elas estão "abandonadas". Quem diz isso é Silvana Canuto, presidente substituta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental criado em 2007 e responsável pelas UCs.
Em sua opinião, a realidade é "um pouco melhor" do que mostram os dados, que incluem somente servidores em folha de pagamento. Ela conta que na Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha não há atualmente ninguém porque quem trabalhava no local foi nomeado chefe do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. "É algo temporário", ressalta.
Silvana afirma ainda que existem, por exemplo, 1,6 mil brigadistas que trabalham seis meses por ano no combate às queimadas nas unidades de conservação e outros 1,8 mil funcionários terceirizados que atuam como motoristas, vigilantes e barqueiros, entre outras funções.
A presidente substituta informa que há um movimento para a criação de vagas, porém, isso só pode ocorrer por lei. Ela diz que um projeto aprovado na Câmara e que está no Senado transforma 2 mil cargos de nível técnico de vários ministérios em mil cargos de nível superior para atuar na área ambiental. "Acredito que o projeto tem grandes chances de avançar no Senado", afirma.
Os analistas ambientais passam por treinamento na Academia Nacional da Biodiversidade, instalada na Floresta Nacional de Ipanema, interior de SP.
A diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Paula Leite Prates, afirma que, apesar não ter sido criada nenhuma unidade na Amazônia em 2010, três das áreas já existentes foram ampliadas - a Estação Ecológica de Cuniã (AM e RO), a Reserva Extrativista do Ciriáco (MA) e o Parque Nacional Mapinguari (AM e RO).
OESP, 17/07/2011, Vida, p. A22
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110717/not_imp745947,0.php
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