O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de promover uma série de reuniões em Manaus para a elaboração de um plano de proteção e implantação de unidades de conservação estaduais e federais nos Estados do Amazonas e Rondônia, ao longo da área de influência da BR-319.
As reuniões, realizadas entre os dias 10 e 11, com representantes da Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral (Direp) do ICMBio e dos governos estaduais, aprovaram um conjunto de recomendações para fortalecer e estabelecer ações governamentais na região, atualmente muito castigada pela ação de grileiros e madeireiros.
Inicialmente será dada prioridade à implementação e implantação de diversas unidades estaduais já criadas e em processo de criação. No Estado do Amazonas, por exemplo, sete UCs estaduais estão em processo de criação: Parque Estadual Matupiri, RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Canutama, RDS Igapó-açu, RDS Matupiri, Floresta Estadual Canutama, Floresta Estadual Tapauã e Floresta Estadual Beruri.
Somadas às RDS Rio Amapá, Madeira e Piagaçu-Purus e às 11 federais já existentes nos dois estados, elas representam um total de 11,6 milhões de hectares de áreas protegidas ao longo da rodovia.
As 11 UCs federais somam 7,58 milhões de hectares e são as seguintes: Parque Nacional (Parna) Mapinguari, Parna Nascentes do Lago Jari, Estação Ecológica Cuniã, Reserva Biológica Abufari, Floresta Nacional (Flonba) Iquiri, Flona Balata Tufari, Flona Humaitá, Reserva Extrativista (Resex) Médio Purus, Resex Ituxi, Resex Lago do Cuniã e Resex Capana Grande.
O Estado de Rondônia conta com mais oito unidades estaduais já criadas que ainda não figuram nesses primeiros levantamentos realizados pelo ICMBio. Isso porque o estado não mandou representante às reuniões realizadas em Manaus.
O Ministério do Meio Ambiente havia dado prazo, até o final de novembro, para que o Governo do Amazonas criasse sete unidades de conservação ao longo da rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, numa extensão de 854 km. A finalidade é preservar as florestas existentes no entorno da rodovia, que sofre atualmente com a ação de grileiros e madeireiros. O licenciamento para o asfaltamento da rodovia foi suspenso em outubro.
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