Ao seu estilo, governo perde chances de potencializar o turismo em RESEX

News Rondônia - http://www.newsrondonia.com.br - 18/01/2013
A diversificação da oferta turística rondoniense em relação às tendências da demanda, entre outros fatores, ocasiona perdas e danos incalculáveis à expansão do mercado, sobretudo na fronteira bi-nacional de Brasil e Bolívia, na divisa Guajará-Mirim e Guayaramerín, respectivamente.

A afirmação é de um dos ativistas da Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, o seringueiro Adão Laia Arteaga, 51, preocupado com a evasão de matéria-prima e a pouca atenção dada por sucessivos Governos às comunidades de população tradicional, a exemplo da RESEX Rio das Antas, esta com relação à falta de políticas públicas voltadas, essencialmente, ao setor de atração turística.

Segundo ele, Rondônia possui 14 reservas oficiais, entre as quais, as do Rio Ouro Preto (Guajará-Mirim), Rio Cautário (Costa Marques) e as de Machadinho do Oeste, estas em maior número e em quantitativo de projetos de manejos sustentáveis.

Ocorre que, "no seu conjunto, as lideranças desses empreendimentos pouco ou quase não são chamadas para discutirem uma saída econômica para manterem as florestas em pé", ele constata. Para ele, a única vez que representantes desses segmentos foram ouvidos foi quando ocupou a presidência da Organização dos Seringueiros de Rondônia (OSR).

Na gestão de Arteaga, a entidade buscou apoio junto ao Governo do Estado do Acre e de lá o então senador Tião Vianna - hoje governador do Estado acriano - demandou contatos com as lideranças locais, inclusive, "nós, seringueiros rondonienses, estivemos in loco na Reserva Chico Mendes".

Além do potencial, em grande escala, de matéria-prima do tipo cipós (Titica e outros), sementes (Açaí, Olho de Boi), óleos (Andiroba, Copaíba e Linhaça), frutas amazônicas (Abacate, Manga, Goiaba, Laranja, Araçá-boi, Maracujá-do-Mato, Graviola, Biribá, Pupunha, Camu-Camu, Sorva, Tucumã, Jaca e Apui. As reservas rondonienses são ricas em potencial madeireiro e piscoso. Mas a maioria desses produtos é roubada e/ou contrabandeado para o exterior.

POTENCIAL TURÍSTICO À MOSTRA - Afora as comunidades tradicionais ao largo dos rios Mamoré, Guaporé e Itinez no lado boliviano, diz Adão Arteaga, "se não há competência em nossos mandatários, por que, então, não buscar conhecimentos em nossos vizinhos". E aponta o Acre, Amazonas e Mato Grosso, este tido de maior visibilidade no mercado internacional por causa do cantado e decantado Pantanal.

Diante desse desafio, o líder seringueiro indica ao governo do Estado que, "com certa urgência, convoque as lideranças seringueiras, extrativistas e ativistas ribeirinhos a fazerem parte de uma grande mesa de discussão e debate". - Na ocasião, com certeza, as soluções para mantermos as florestas em pé, com geração de renda e emprego sustentáveis, o turismo e suas variáveis nas RESEX rondonienses, ajudarão a consolidar sua organização para fins de planejamento, disse ele.

A SAÍDA - Em outros estudos, a gestão de Arteaga, indicou, à época, que os segmentos turísticos dentro das reservas podem ser estabelecidos a partir da diagramação do território da sua fauna e flora. As lideranças, dentre elas, as indígenas, podem contribuir com parte dos elementos de identidade da oferta e também das características e variáveis da demanda com a intervenção do Estado, das prefeituras e da União Federal.

Aliados à criatividade do povo rondoniense, a prática do turismo convencional, Turismo Cultural, Turismo Rural, Turismo de Aventura, Turismo Religioso, Cientifico e tantos outros, no que se refere à oferta e suas variáveis quanto à demanda, "irão possibilitar o desenvolvimento de diferentes experiências, disse o advogado com especialização em Direito Mineral e Ambiental", José Ricardo da Costa.



http://www.newsrondonia.com.br/lerNoticias.php?news=27961
UC:Reserva Extrativista

Related Protected Areas:

  • UC Rio Ouro Preto
  • UC Rio Cautário (Estadual)
  • UC Barreiro das Antas
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.